O mito do anel de Giges, a grande mídia, a hipocrisia e os canalhas corruptos que usurparam o poder

E assim, graças ao anel de Giges, ou seja, graças à cumplicidade abjeta de uma mídia canalha com políticos velhacos, experimentamos, além da nossa ruína moral, a ruína política, econômica e cultural, o opróbrio

Rede golpe de televisão
Rede golpe de televisão (Foto: Lula Miranda)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Diz-se que Platão ilustrava suas palestras contando a história de Giges, o bom e honesto pastor, que encontrou numa fenda na terra, nos dedos de um cadáver, um anel de ouro que o tornava invisível. De posse desse anel, e então invisível, Giges deixou de ser o homem bom e honesto, que sempre fora, e transformou-se num homem vil, num canalha. E assim conheceu o poder.

Você deve se lembrar, já no âmbito da cultura pop ou de massa, essa mesma alegoria do anel, que propicia a invisibilidade e o poder, foi utilizada, nos dias que correm, num filme de bastante sucesso, "O Senhor dos Anéis", por intermédio de seu personagem Gollum ou Sméagol.

Aqui, na nossa precária parábola da vida real, "pastores" como Giges seriam, por exemplo, os políticos em Brasília. Indivíduos como Temer, Padilha, Moreira Franco ,Jucá, Serraglio, Geddel et caterva.

continua após o anúncio

A "invisibilidade" seria a mais perfeita tradução e/ou representação da inimputabilidade - que, por sua vez, leva à sensação e à certeza da impunidade.

Esta "invisibilidade", por sua vez, é garantida ou assegurada pela hipocrisia da nossa classe média e pela grande mídia brasileira que (re)estabelece - com a "magia" de suas doses cotidianas de mentiras - a esses "Giges" da nossa política a moral que há muito perderam.

continua após o anúncio

Transformam então homens vis em vestais; bandidos em heróis; amorais em moralistas; verdugos em juízes.

E assim, graças ao anel de Giges, ou seja, graças à cumplicidade abjeta de uma mídia canalha com políticos velhacos, experimentamos, além da nossa ruína moral, a ruína política, econômica e cultural, o opróbrio.

continua após o anúncio

Assim, hoje, canalhas usurpam o poder e governam, "na moral", sob o beneplácito e cumplicidade de outros tantos canalhas, aboletados (e muito bem remunerados) na Globo, no SBT, na Veja, na Isto É, no "Estadão" e demais comparsas dessa malta infame.

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247