O mito da caverna no cárcere hediondo do imperialismo
A caixa de Pandora fora aberta e o gênero Homo poderá se redescobrir e se ressignificar quando adentrar as úmidas cavernas recheadas de pinturas rupestres
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França, Grã-Bretanha e antigas potências imperiais lá pela década de 1960 se tornaram mais nacionais, após perderem seus domínios ultramarinos.
Espoliar/pilhar/ dominar é o motor dos Impérios…
A História universal segue seu curso e anexa um período chamado de pré-história, o diferencial do aparecimento da escrita foi contundente na classificação dos dois momentos.
Afinal o ser humano precisaria significar caracteres para formalizar a a oralidade antecessora: dos grunhidos à robótica.
Sumérios e egípcios deram o salto cuneiforme e de hieróglifos entre 3.500 é 5.500 A.C.
A caixa de Pandora fora aberta e o gênero Homo poderá se redescobrir e se ressignificar quando adentrar as úmidas cavernas recheadas de pinturas rupestres.
Logo, logo surgirão impérios a serviço da arrogância para tornar oficial e institucional a submissão na Terra. Um homem saiu da caverna de forma resoluta, assim conta o antigo filósofo Aristocles, mais conhecido como Platão. Segundo o mito, descrito em “A República”. O admirador de Sócrates nos conta que alguns homens viviam em uma caverna, e lá sua única rotina era admirar as sombras humanas advindas do exterior e projetadas na parede.
Quando um deles corajosamente fugiu, vislumbrou a verdade da biosfera. Ele teve as retinas ofuscadas pela luz que nunca pode ver e sentir.
E depois de se acostumar com a vastidão do tudo, ele ficou inquieto com a situação dos seu iguais que lá na caverna ficaram encarcerados em seu mundo real , diminuto e nublado por trevas e conformação.
Ele voltará…
No Brasil a população carcerária é de 909,061 indivíduos. Os dados advém do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). E 44,5 % são presos provisórios, ainda não condenados.
Quem inventou o monetarismo tem muito a ver com estes números: A luta de Milton Friedman foi contra o operariado (pai do neoliberalismo) que determinou uma doutrina do choque, onde a direita produz o caos e impõem sua política. Somos apenas peças de um sistema econômico de bolha, enquanto eles dormem dentro da Caixa Forte, e mergulham em um mar de dinheiro. Como sempre fez o tio Patinhas; enquanto eu , você, e o operariado passamos necessidades básicas de sobrevivência.
A Revolução industrial conseguiu mudar o curso evolutivo e adaptativo da Biston betularia, espécie de mariposa típica dos arredores naturais da cidade de Manchester, na Inglaterra. O exemplar branco que era mais populoso, foi reduzido drasticamente, em função da poluição industrial, que dantes imperava naquele entorno. A situação se explica (ecologicamente e evolutivamente) pelo mimetismo.
O mimetismo, que é uma camufla, que protegia a vida das mariposas claras, e diante do advento da fuligem: os liquens nas árvores escureceram, e portanto, destacavam os insetos claros, os tornando presas fáceis de seus “algozes” predadores: aves e pequenos mamíferos. Enfim, o resultado foi mudança adaptativa e genética. Formatando assim um caso clássico de melanismo industrial.
A ganância por lucro afeta tudo e todos. A biosfera, conjunto de todos os ecossistemas mundiais agoniza. E agora, aqui no Brasil o morismo parece querer conquistar novos poderes, em uma escalada individual de poderio desmedido. A sanha de gente que transitou em jantares com príncipes em Mônaco, não foi arrefecida. Em um país, onde a educação não passa de adestramento, não podia ser diferente, educar é o verbo, e educar é uma arte milenar, que vem sendo realizada desde a pré-história, o homem primitivo já trazia uma semente a florescer: Instituindo o fogo como produto de sua investigativa busca por descobertas que lhe pudessem trazer conforto; e seu campo mental foi sendo adaptado às mudanças do meio ambiente, e ele avança na pele de arte/educador, meio-ambientalista e cidadão mas também usurpador e tirano…
Através do prisma estético o educador encontra o instrumento da valorização humana integral. Santos e deuses nacionais, super-heróis de brinquedo, que atendendo a interesses internacionais se tornaram julgadores parciais, fazem parte da casta de uma elite-burguesa adestradora de coloniais trabalhadores e escravos dos três poderes.
O sistema opressor é um sistema bem “organizado”: atira todos contra todos; no ônibus lotado, no trem que é assaltado ou na favela onde gente honesta tem de obedecer ao poder paralelo.
As distrações são precisas elas atingem o coração de mestres e discípulos, transformando o processo educacional em arremedo. O povo descapitalizado de educação e carente de cultura está na placa de Petri perfeita, criando assim o ambiente ideal para a proliferação da desinformação.
O homem fugido da caverna das sombras eternas, agora volta informado, porém preocupado com seus iguais, e lá chegando ficou cego pela transição da claridade para a escuridão, e a grande novidade que trazia não comoveu, nem tampouco alertou seus “iguais”; ao contrário, ele foi tido como um “rebelde-louco” que nunca deveria largar a maviosa diversão de assistir as sombras projetadas na parede úmida da pequena caverna. O povo está dentro de uma caverna de desmandos, e se contenta com as imagens repetidas, que são apenas a sobra da “picanha” tão sonhada...
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