O mico do ano: Aécio volta da Venezuela com o rabo entre as pernas

Por que os mega humanitários senadores da turma de Aécio não pegam um avião da FAB e vão tentar visitar presos políticos numa prisão americana sem a anuência do Poder Judiciário do governo de Obama?

Por que os mega humanitários senadores da turma de Aécio não pegam um avião da FAB e vão tentar visitar presos políticos numa prisão americana sem a anuência do Poder Judiciário do governo de Obama?
Por que os mega humanitários senadores da turma de Aécio não pegam um avião da FAB e vão tentar visitar presos políticos numa prisão americana sem a anuência do Poder Judiciário do governo de Obama? (Foto: Chico Vigilante)


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Se Aécio Neves tivesse ganhado as eleições no Brasil, era isso que ele iria fazer com nossa política externa? Se meter nos negócios internos dos países vizinhos com os quais discorda politicamente?

Tudo indica que sim. Criaria rapidamente uma crise no continente, porque ninguém duvida que a Argentina, o Chile, Cuba, o Uruguai, a Bolívia e o Equador certamente não apoiariam suas sandices.

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Aécio e sua turma não sabem o que é democracia. Será que já leram pelo menos uma vez os tratados internacionais assinados pelo Brasil?

Gostam de manifestações de rua, mas somente quando é a favor deles. Só porque voaram pra Venezuela num avião da FAB – o que não deveria ter ocorrido – acharam que falavam em nome do governo do Brasil. Não falavam não!

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Interceptados por uma pequena manifestação de apoiadores do governo, num trânsito interrompido por um acidente de uma carreta - se borraram de medo e voltaram ao aeroporto e ao Brasil, de onde nunca deveriam ter saído.

Quem conhece a Venezuela sabe que num país onde a gasolina é uma das mais baratas do mundo, grande parte da população tem carro, e os engarrafamentos sãos constantes na capital Caracas, a caminho do aeroporto.

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A justificativa de Aécio era realizar visita humanitária a Leopoldo Lopez, preso por incentivo à violência contra o governo eleito democraticamente de Nicolás Maduro.

Na verdade o que Aécio e suas excelências tentaram fazer foi armar um show midiático para mostrar ao mundo que a Venezuela é uma ditadura bolivariana, como costumam dizer – sem nem explicar aos seus eleitores quem foi Simon Bolívar, que importância teve para as liberdades democráticas no continente.

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O que fazia uma equipe da Globo, e a repórter Delis Ortiz, sediada em Buenos Aires, há tantos mil kms de distância de sua base, e coincidentemente na mesma van que levava os senadores? Claro, estavam todos na mesma missão de objetivos comuns.

Com certeza não pretendiam visitar o Comitê das Vítimas das Guarimbas, famílias das 49 pessoas, a maioria delas chavistas mortas no ano passado, após a eleição de Maduro, por grupos armados a serviço da CIA para desestabilizar o país.

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Aécio pretendia visitar um preso político venezuelano acusado de tentativa de golpe no país. Exatamente o mesmo tipo de atividade desenvolvida pelo senador tucano aqui com o apoio da grande mídia e de figuras do Judiciário: fazer o impeachment de uma presidenta eleita democraticamente.

O mais ridículo disso tudo é que queriam fazer isso sem pedir a autorização do governo venezuelano, e sem representar oficialmente o governo brasileiro.

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Piraram de vez? Por que os mega humanitários senadores da turma de Aécio não pegam um avião da FAB e vão tentar visitar presos políticos numa prisão americana sem a anuência do Poder Judiciário do governo de Obama?

Por que Aécio, que foi deputado tantos anos, inclusive presidente da Câmara dos Deputados, nunca se preocupou em visitar Nelson Mandela, 27 anos preso pelo regime do apartheid na África do Sul? Teria dado tempo.

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Por que nunca se preocuparam em visitar os presos da base americana de Guantânamo, em Cuba ? Deixe - me rir. São patéticos.

Na época da ditadura militar no Brasil, apoiada então por suas excelências de hoje, Ronaldo Caiado, Agripino Maia, etc nenhum senador de outro país veio aqui reclamar, e a república dos generais não permitiria – visitar nossos presos políticos torturados, assassinados, muitos deles até hoje desaparecidos.

Por que os senhores senadores não se preocupam com a ação americana de invasão e destruição de países, como o Iraque, a Líbia, entre muitos outros em nome de uma falsa ajuda humanitária?

Ajuda essa que muitas vezes se desenrola com o estupro de mulheres e crianças, por parte de soldados e mercenários pagos pelas multinacionais interessadas em usurpar as riquezas dos países invadidos.

Foi um mico. Sim. Mas o Senado brasileiro vai corrigir o erro. Na próxima quarta-feira irá à Venezuela uma Comissão Externa do Senado, composta pelos senadores Randolfe Rodrigues, Lídice da Mata, Vanessa Grazziotin, e Lindbergh Farias, sob a coordenação do senador Roberto Requião, eleito na semana passada em Bruxelas, presidente do Parlamento Europeu Latino Americano, cargo merecido para figuras de sua estatura política.

O requerimento 17, aprovado na quinta-feira pelos senadores, afirma que o objetivo da missão é o de verificar in loco a situação política, econômica e social da Venezuela, fazendo contato com as autoridades constituídas e representantes legítimos da sociedade naquele país amigo.

O documento esclarece que "tivemos recentemente aprovada a criação de uma comissão externa que todavia não responde as exigências de isenção e imparcialidade que a gravidade do momento requer. Os ilustres senadores que integraram aquela missão marcam o seu discurso pela indução ao acirramento dos ânimos, tanto para atingir objetivos na política interna brasileira, (desgaste político do governo federal ) como para fortalecer um dos lados na disputa democrática venezuelana ".

No roteiro da pauta global Aécio Neves, o salvador dos oprimidos da Venezuela, ainda no avião, ele afirmou que o grupo ia a Caracas para, também, cumprir uma missão diplomática omitida pelo governo brasileiro, esta de visitar os presos políticos da Venezuela.

Antes de dizer o que o Itamaraty deve fazer, Aécio deve se lembrar que não ganhou as eleições. Ele perdeu as eleições. Espero que seus assessores o lembrem disso e o instruam para que não repita o papel ridículo que acabou de fazer: ir com senadores brasileiros a uma nação estrangeira, amiga, parceira no Mercosul, falar mal do Brasil e referendar lá o mesmo golpismo que prega aqui.

Que mico, senador !

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