O medo como estratégia de campanha

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Carla Carniel)


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O último recorte da pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha mostra que, para Bolsonaro reverter o resultado a seu favor, precisaria de todos os votos atribuídos a Ciro e Tebet, mais os votos dos indecisos, brancos e nulos, convencer parte dos eleitores de Lula a votarem nele e, mesmo assim, não poderia perder um voto.  

Outra possibilidade seria se, de repente, houvesse um fenômeno como no filme Yesterday e ninguém lembrasse quem foi Bolsonaro, sua conturbada carreira militar, sua inútil atuação como parlamentar, os crimes que cometeu na presidência da república, o fracasso de seu governo na pandemia, seu avesso à cultura e ciência e sua vocação para a destruição. 

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Como nada disso vai acontecer, resta espalhar o medo em forma de fake news como aposta para intimidar e enganar os eleitores.  

A campanha de Bolsonaro vai tentar passar para a população, principalmente evangélicos, que Lula vai fechar igrejas, espalhar cartilhas que ensinam como usar drogas, que o ex-presidente fez pacto com o demônio para vencer as eleições, que sua esposa é macumbeira. 

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Em contrapartida, vai inventar uma guerra santa, massificar nos apelos religiosos com apoio dos pastores neopentecostais, vender que Bolsonaro é o enviado de Deus, o rei da nação, aquele que que veio para consagrar a pátria, família, e livra-las do mal personificado por Lula. 

Outra estratégia será estimular o medo de uma população assustada com a violência urbana, espalhando que tem arrastão nos arredores das seções eleitorais pontuais, onde a esquerda tem mais votos, que um grupo está ameaçando quem votar em Lula, até mesmo simular e viralizar um vídeo em que alguém é espancado por estar com uma camiseta vermelha. 

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Sem respeitar a Constituição e as leis eleitorais, vão tentar tudo, do empenho do PIB para comprar os vendilhões, ao nefasto desfile das forças armadas na praia, com soldados, navios e aviões, numa demonstração de força, de intimidação. 

O recado foi dado no vazamento do áudio de um grupo de milionários que conspiram um golpe caso Lula seja eleito, assim como no desespero de Bolsonaro, que tentou agredir um apoiador e tomar seu celular pelas ofensas de safado, covarde, vagabundo e Tchutchuca do Centrão. 

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