O juramento é de hipócrates, não de hipócrita!
"O ministro Marcelo Queiroga, instalado no ministério da Saúde em substituição à patética, bizarra e criminosa figura do general da ativa Eduardo Pazuello, rapidamente passou a confundir certas coisas. Esquecendo o detalhado Juramento de Hipócrates adotou o Juramento do Hipócrita", escreve o jornalista

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Por Eric Nepomuceno, do Jornalistas pela Democracia
O doutor Marcelo Queiroga é médico. Portanto, ao concluir seu curso e receber seu diploma, prestou o Juramento de Hipócrates.
O texto é longo e contundente, e pode ser resumido assim: ao se tornar médico, é parte do ritual da diplomação jurar a defesa da vida de quem necessita cuidado.
O ministro Marcelo Queiroga, instalado no ministério da Saúde em substituição à patética, bizarra e criminosa figura do general da ativa Eduardo Pazuello, rapidamente passou a confundir certas coisas.
Esquecendo o detalhado Juramento de Hipócrates (para ler o texto na íntegra, consulte o doutor Google) adotou o Juramento do Hipócrita.
Depois de tudo que andou fazendo, da suspensão da vacina para adolescentes ao gesto obsceno em Nova York, do endosso a posições de Jair Messias à recusa de examinar o relatório do órgão consultivo do ministério, o Conitec, que renegava o tal “tratamento precoce”, o doutor nesta sexta-feira expeliu mais uma pérola de estupidez.
Disse, com ênfase e com todas as letras, que obrigar por lei o uso de máscaras equivale a obrigar o uso de preservativo masculino numa relação sexual. Mencionar preservativo feminino, nem pensar. Machismo que é machismo sabe se expressar.
Essa redonda versão Pazuello sem farda de militar da ativa do Exército cada vez mais se mostra tão abjeto como a besta-fera do seu chefe.
Esquece um detalhe ínfimo mas irremediavelmente definitivo.
No caso do preservativo masculino, trata-se de uma escolha voluntária do homem e, principalmente, da mulher. E no caso de uma relação entre dois homens, da decisão deles.
No caso de Covid-19, não adianta decidir pelo uso ou não uso da máscara. O vírus não opina nem determina: ataca.
A não ser em imagens literárias, o sexo não está no ar. O vírus está.
A não ser, obviamente, em casos criminosos, sexo faz quem quer.
Não se proteger de Covid-19 e ameaçar a contaminação alheia é um ato criminoso. Estimulado, aliás, pelo Genocida e sua cambada.
Que nessa cambada se encontre um médico é algo especialmente grave. É impor hipocrisia sobre Hipócrates.
A frase imbecil foi dita no dia em que passamos, ao menos em números oficiais, a marca de 600 mil mortos por Covid. Porque estudos indicam que em números reais o total de mortes é maior.
Dos cinco mil e tantos municípios brasileiros, apenas trinta e cinco têm mais de 600 mil habitantes.
É como se, debaixo da asa nefasta de Jair Messias e seu sabujo de jaleco médico, Joinville, Londrina, Juiz de Fora, Niterói e quase uma Cuiabá inteira tivessem sumido.
Pois o que está sumindo é um país inteiro chamado Brasil.
Jair Messias e todos os que integram seu governo – e vale reiterar: nenhum deles vale coisa alguma – terão, algum dia, de prestar contas não propriamente à História, mas à Justiça.
E aí não vai haver nem máscara nem preservativo de prevenção que os protejam.
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