O Judiciário e o MP são PTfóbicos, pois o PT é problema deles

O STF e o MPF se partidarizaram e quando podem criminalizam a política, com o apoio da imprensa meramente de negócios privados, alienígena, pois de caráter entreguista e totalmente sem compromisso com os interesses do País



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Eugênio José Guilherme de Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, afirmou à IstoÉ: "(...) Toda ação de um ser humano é seletiva. Você tem de optar sempre. (...) Na verdade, um procurador pode investigar um caso porque envolve pessoas importantes. Ou porque o caso é mais grave. Ou porque irá prescrever logo se não for investigado. O problema é que hoje não existem critérios objetivos nessas escolhas".

O procurador eleitoral nos brindou com várias pérolas, que, no entanto, muitos brasileiros sabem ou desconfiam como a banda toca pelos lados dos juízes togados e os procuradores xerifes. A verdade é que Eugênio Aragão fez assertivas sobre as realidades de promotores e juízes, a grande maioria filha da classe média tradicional e da classe média alta. Como seres humanos que são, trazem consigo preconceitos e intolerâncias de classe social, raciais, ideológicos e políticos. Ponto.

Muitos desses homens e mulheres não conhecem as realidades sociais e as dificuldades econômicas e financeiras do povo brasileiro, são politicamente conservadores e, consequentemente, agem e atuam como políticos, porque todo ser humano, até os coxinhas reacionários e alienados, que se dizem "apolíticos" e "apartidários" sabem por instinto o que querem. E o que essa gente na quer é inclusão social, a independência e autonomia do Brasil e a emancipação do povo brasileiro.

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Eugênio Aragão continua: "(...) A maioria dos integrantes do MP é formada por brasileiros de classe média, que pensam como cidadãos de classe média, leem a nossa mídia e fazem parte dessa corrente de opinião. (...) Nos debates internos, você pode notar que há, no máximo, 30 ou 40 pessoas especialmente engajadas contra o PT. São petefóbicos. Mas a maioria é silenciosa e não expõe. Está preocupada com a qualidade de seu trabalho".

Ledo engano, os petefóbicos, como bem o define o procurador, são os que fazem estardalhaços publicitários e tentam politicamente parar, irresponsavelmente, obras como as da transposição do Rio São Francisco ou a da construção da Hidrelétrica de Belo Monte, dentre inúmeras obras que foram paralisadas e depois retomadas no decorrer dos últimos 11 anos com prejuízos para o País e a população, bem como desgastaram o Governo trabalhista, constantemente atacado pelos donos das mídias de mercado, que são os magnatas bilionários da imprensa corporativa.

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Toda pessoa com um mínimo de discernimento sabe disso. Não tem como não sabê-lo. O resto é fingimento de gente hipócrita e cínica e que manipula e tergiversa a realidade que se apresenta para dar razão a seus propósitos políticos e econômicos conservadores, de direita, e divorciados dos interesses do povo brasileiro. Só isso. Há muito tempo afirmo que o MP e o Judiciário são os últimos redutos das nossas "elites" carcomidas pelo tempo e corrompida por sua ganância e perversidade.

Não existe a possibilidade de tergiversar sobre esses fatos: A PGR (MPF), o STF e o STJ se transformaram, institucionalmente, em casamatas ou fortificações dos interesses da burguesia e dos partidos de direita e se dispõem a fazer o jogo político desses grupos sociais, que controlam a economia brasileira há 513 anos e que consideram o Partido dos Trabalhadores o inimigo a ser derrotado, destruído e aniquilado, porque se atreveu a conquistar a Presidência da República e a governar de forma republicana, a dar como primeiro passo cuidar dos mais pobres e dos que sempre, gerações após gerações, foram abandonados pelos poderes públicos, pois sempre voltados para atender aos interesses e aos desejos de nossas "elites" patrimonialistas. Lula e Dilma deram visibilidade aos que nunca tiveram voz e força de reivindicação.

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Governar é cuidar dos mais pobres, dos mais fracos e dos que podem menos. É dessa forma que se alcança a isonomia entre os cidadãos de uma nação. Isonomia é igualdade, ou seja, acesso às oportunidades de crescer e se desenvolver. Justiça social. Ponto. A burguesia e seus porta-vozes e representantes nas esferas estatais e civis lutam contra a ascensão financeira e social das classes populares e se incomodam profundamente quando tem de compartilhar ou conviver com pessoas desses segmentos, pois a intolerância e o preconceito são o que movem os nossos burgueses e pequenos burgueses e a mistura disso tudo é o combustível do ódio.

Eis que o juiz do STF, o condestável e agressivo Gilmar Mendes dá outro piti, mais um para sua enorme coleção de grosserias e de opiniões açodadas e descabíveis a um juiz que deveria se calar quando vai decidir sobre o destino das pessoas, como o faz todo juiz sensato para não influenciar o julgamento e não ser influenciado. O substantivo ponderação ou o verbo ponderar são palavras que inexistem no dicionário dele, o juiz nomeado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso – o Neoliberal I, aquele senhor que governou para os ricos, deveras incompetente, que vendeu o Brasil e mesmo assim foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.

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Sempre açodado, politicamente defensor de causas antipopulares e ideologicamente de direita, o juiz mais uma vez em sua magistratura já de triste memória gritou no plenário do STF, com a fúria de sempre e a demonstrar sua vocação ditatorial. Gilmar Mendes não age como juiz e, sim, como promotor. É a sua origem.

O magistrado, inconformado com a opinião e a votação de colegas que querem o fim do financiamento privado para campanhas eleitorais, afirmou categoricamente e sem um mínimo de ética que a proibição de as empresas financiarem as campanhas dos partidos vai beneficiar o PT, como se o partido estivesse no poder há 100 anos. Um absurdo! A total falta de escrúpulo, pois se trata de uma mentira para inglês ou coxinha ver.

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O condestável juiz, na verdade, quer manter as coisas como estão, porque a direita partidária, à frente o PSDB, o DEM e o PPS vai ser prejudicada, pois são os políticos conservadores que representam o status quo, o establishment e a intimidade deles com os homens do capital remonta à chegada de Pedro Álvares Cabral no Brasil.

Balela e manipulação na veia, mas a mentira tem perna curta e, sem sombra de dúvida, os juízes que vão votar pelo fim do financiamento privado às campanhas eleitorais vão explicar direitinho o porquê de os partidos serem financiados pelo poder público. É mais democrático, isonômico e justo, porque elimina o favorecimento do candidato que tem apoio do poder econômico e depois fica submetido aos interesses empresariais, porque lhe deve favores. A direita ama o privilégio, como o mentiroso ama a mentira.

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O MPF e o STF se partidarizaram e muitos de seus juízes e promotores fazem política ao invés de defender a sociedade e julgar, de forma isenta, aqueles que porventura cometeram malfeitos contra o povo. O que dizer então de promotores, principalmente aquele do Ceará, que todo ano tenta sabotar o Enem, sendo que, uma vez, ele pediu o fim do exame e deixou setores da sociedade brasileira desconfiados, pois parecia que ele estava a defender os interesses dos cursinhos pré-vestibulares e das escolas e faculdades privadas. É o ódio da direita à inclusão dos mais pobres, bem como sua vocação para o sectarismo.

E os casos dos mensalões do DEM e do PSDB, que foram propositalmente desmembrados e, consequentemente, os processos tramitam de maneira lenta, a permitir que o mensalão tucano possa prescrever e que o do DEM caia aos poucos no esquecimento, porque o ex-governador cassado do DF, José Roberto Arruda, que foi preso e está solto pretende disputar uma cadeira na Câmara Legislativa do DF.

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Arruda responde a processo em tribunal de primeira instância. Como seu processo foi desmembrado, o prazo de seu término não foi definido. Não tem como. Se o ex-governador do DEM for eleito, José Roberto Arruda vai poder recorrer à instância superior. Enquanto isso, o "mensalão" do PT nunca foi comprovado, os processos não foram desmembrados e políticos históricos do partido foram condenados à prisão. É a Justiça do um peso e duas medidas e que para milhões de brasileiros não tem credibilidade. Por uma reforma do Judiciário já!

O PT não conseguiu ainda romper o status quo, porque mesmo a estar no poder setores como o Judiciário e o Ministério Público Federal ainda são ocupados por pessoas contrárias a políticos eleitos pelo povo e que estabeleceram para suas agendas políticas a distribuição de riqueza e renda, assim como a inclusão social. Muitos desses juízes e promotores não conhecem de fato a sociedade e muitos menos querem saber como vivem as pessoas que estão em situação de risco, inclusive o alimentar.

O Partido dos Trabalhadores tem de voltar a ser estilingue e pedra, porque somente no papel de vidraça vai ficar impossibilitado de efetivar o programa de governo e o projeto de País apresentado ao povo nas eleições, que elegeram Lula e Dilma Rousseff. Os juízes e os promotores profissionalmente são técnicos de Direito e não políticos eleitos para soberanamente e constitucionalmente governar.

O STF e o MPF se partidarizaram e quando podem criminalizam a política, com o apoio da imprensa meramente de negócios privados, alienígena, pois de caráter entreguista e totalmente sem compromisso com os interesses do País. A burguesia brasileira morre de saudade da Guerra Fria, tempo em que se aproveitava da neurose ideológica para perseguir a esquerda e calar seus políticos e militantes.

Porém, esse tempo acabou e vencer o PT somente por meio de golpe, o que não vai ser possível, como gostariam muitos togados e xerifes em plena vigência da Constituição e do estado democrático de direito. O Judiciário e o MPF são de direita e lutam no lugar dos empresários e dos partidos políticos conservadores para dominar o estado e evitar que governantes trabalhistas continuem no poder. Não foi assim com Getúlio Vargas, João Goulart e Leonel Brizola? O PT vence, mas tem de deixar de ser apenas vidraça, apesar dos procuradores e juízes petefóbicos, como afirmou Eugênio Aragão. É isso aí.

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