O imortal Ruy Castro
Fiquei feliz com a merecida eleição do escritor Ruy Castro, colunista da Folha, para a Academia Brasileira de Letras. É um dos principais biógrafos do Brasil
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“A verdade é que, se fosse preciso — e se eu pudesse —, eu pagaria para fazer o que faço”. (Ruy Castro)
Rio - Sou assinante da Folha de São Paulo há muitos anos.
Dois dos motivos que me levaram a assinar o jornal paulista, na época, foram as páginas com os cartuns e as tirinhas de história em quadrinhos e a coluna do Ruy Castro.
Ontem, fiquei feliz com a merecida eleição do escritor, jornalista e biógrafo Ruy Castro, colunista da Folha, para a Academia Brasileira de Letras.
O escritor vai ocupar a vaga deixada por Sérgio Paulo Rouanet na ABL. O autor de 74 anos obteve 32 votos entre os 35 imortais que compareceram à cerimônia.
Sobre Ruy Castro, o presidente da Academia, Merval Pereira, disse: "Ele é um grande escritor, um biógrafo excepcional, só vai acrescentar à Academia".
Ruy Castro nasceu em Caratinga, interior de Minas Gerais, no dia 26 de fevereiro de 1948. Mudou-se com a família ainda em seus primeiros anos de vida para o Rio de Janeiro. É um jornalista, biógrafo e escritor brasileiro formado em Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O jornalista começou profissionalmente aos 19 anos, em 1967, no jornal ‘Correio da Manhã’ e trabalhou nos principais jornais e revistas do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Castro é um dos principais biógrafos do Brasil, tendo realizado obras seminais sobre personalidades como Carmen Miranda ("Carmen, uma Biografia", de 2005); Garrincha ("Estrela Solitária", de 1995) e Nelson Rodrigues ("O Anjo Pornográfico", de 1992).
Após a eleição, Castro afirmou que se sentia lisonjeado com o número da cadeira. "A cadeira 13 é extraordinária, o patrono dela é um dos pais da imprensa do Brasil, Francisco Otaviano e já foi ocupada por nomes como Francisco de Assis Barbosa, Augusto Meyer, Hélio Lobo, Sousa Bandeira, Martins Júnior, Francisco de Castro e Visconde de Taunay”, disse.
Castro ressaltou ainda a importância da ABL no exercício da democracia. "A Academia em vários momentos da história do Brasil teve uma participação nos destinos da nação. Oswaldo Cruz, Euclides da Cunha, Joaquim Nabuco, foram acadêmicos importantes para a história do Brasil”, afirmou.
Castro também registrou em livro a história de movimentos como a bossa nova — em "Chega de Saudade", seu primeiro livro, de 1990. Também são de sua autoria os livros "Ela É Carioca", uma enciclopédia sobre Ipanema; "O Vermelho e o Negro", sobre o Flamengo, e "Metrópole à Beira-Mar – O Rio Moderno dos Anos 20", entre outros.
Ruy Castro é vencedor do ‘Prêmio Esso de Literatura’; do ‘Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira’ e de quatro ‘Prêmio Jabuti’.
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