O “House of Brasil” apenas entrará na 2ª temporada

Em referência à série House of Cards, da Netflix, no título de seu artigo, o colunista do 247 Leopoldo Vieira avalia que "a oposição não 'responsável', mas madura é a melhor alternativa" para a esquerda no governo do vice Michel Temer; "Oposição consistente, com nomes e números, a corte em políticas sociais, à incapacidade de oferta de serviços públicos, de combater emergencialmente o desemprego, aos retrocessos trabalhistas, à redução da eficácia dos direitos humanos e, sim, à incapacidade de estabilizar a economia. Greves e manifestações como reações concretas aos eventuais retrocessos", sugere, reforçando como solução principal da defesa da oposição a "reforma do sistema eleitoral"

Em referência à série House of Cards, da Netflix, no título de seu artigo, o colunista do 247 Leopoldo Vieira avalia que "a oposição não 'responsável', mas madura é a melhor alternativa" para a esquerda no governo do vice Michel Temer; "Oposição consistente, com nomes e números, a corte em políticas sociais, à incapacidade de oferta de serviços públicos, de combater emergencialmente o desemprego, aos retrocessos trabalhistas, à redução da eficácia dos direitos humanos e, sim, à incapacidade de estabilizar a economia. Greves e manifestações como reações concretas aos eventuais retrocessos", sugere, reforçando como solução principal da defesa da oposição a "reforma do sistema eleitoral"
Em referência à série House of Cards, da Netflix, no título de seu artigo, o colunista do 247 Leopoldo Vieira avalia que "a oposição não 'responsável', mas madura é a melhor alternativa" para a esquerda no governo do vice Michel Temer; "Oposição consistente, com nomes e números, a corte em políticas sociais, à incapacidade de oferta de serviços públicos, de combater emergencialmente o desemprego, aos retrocessos trabalhistas, à redução da eficácia dos direitos humanos e, sim, à incapacidade de estabilizar a economia. Greves e manifestações como reações concretas aos eventuais retrocessos", sugere, reforçando como solução principal da defesa da oposição a "reforma do sistema eleitoral" (Foto: Leopoldo Vieira)


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Consolidado o afastamento temporário da presidenta Dilma, numa flagrante violação que troca a Constituição por antipatia política e por sua maneira de condução administrativa, Michel Temer terá que administrar três situações: seus compromissos com o mercado, seus compromissos com parlamentares e com seu partido, o maior em prefeituras em plena eleição municipal, e sua impopularidade em meio a um desemprego de dois dígitos.

Não se descarte o próprio cancelamento das eleições deste ano em virtude dos impasses para se equacionar estas três nuances, bastando uma não ser contemplada para balançar o governo ilegítimo.

Gilmar Mendes, recentemente, declarou que o TSE não dispõe de recursos para o pleito. Um ensaio?

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É neste bojo que as forças anti-golpistas devem pensar como se opor a Temer, pois a melhor coisa que poderia acontecer a ele é uma radicalização. Greves gerais com sucesso apenas relativo, fechamento de (algumas) estradas.

Isso tenderá a reduzir a liderança de Lula, que ainda é o maior líder mundial em sucesso social e conciliação de opostos, a líder extremista. Dilma, uma presidenta honesta derrubada por conspiradores de ética em vias de condenação, à agitadora da ordem pública.

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Enquanto isso, o povo pobre e trabalhador quererá tempo para ver se Temer dá jeito nos empregos ou se corta ou não os benefícios sociais. Enquanto o mercado ansiará por medidas que estabilizem o ambiente de negócios. Enquanto parlamentares, governadores e prefeitos nutrirão expectativas quanto às campanhas eleitorais e redistribuição dos dividendos políticos.

Todos, juntos, contra os "radicais".

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É fundamental olhar a coisa para além da indignação.

Se é verdade que a sociedade brasileira assumiu como um valor a estabilidade da moeda e a inflação controlada, também é verdade que assumiu o combate à pobreza, a proteção social e os empregos. E o mercado, um país de oportunidades.

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E são nestes elos que reside a fragilidade de Temer, que residiram as dificuldades da presidenta Dilma, ocasionadas por chantagem política, sabotagem econômica e efeitos objetivos da crise mundial; e onde reside a inviabilidade eleitoral do PSDB.

Se Lula é o campeão social e da conciliação, Dilma, a encarnação da certeza de que é imprescindível mudar o atual sistema político e é cláusula pétrea do coração brasileiro não aceitar retrocessos na mobilidade social, os movimentos terão de ser cirúrgicos.

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A oposição não "responsável", mas madura é a melhor alternativa.

Oposição consistente, com nomes e números, a corte em políticas sociais, à incapacidade de oferta de serviços públicos, de combater emergencialmente o desemprego, aos retrocessos trabalhistas, à redução da eficácia dos direitos humanos e, sim, à incapacidade de estabilizar a economia. Greves e manifestações como reações concretas aos eventuais retrocessos.

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Uma oposição que mostre ao meio político que todas as alternativas acima aprofundarão o divórcio com os eleitores e, exatamente por isso, as soluções não são "medidas impopulares", mas a reforma do sistema.

E foi por este gap que setores que não mais simpatizavam com o PT - e sequer com Lula - entraram na luta contra o golpe, podendo levar a conjuntura a ter que discutir o sistema como um todo, inclusive o parlamentarismo, eleições gerais e constituinte exclusiva.

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São estes dois últimos parágrafos que unem Lula e Dilma como líderes de uma oposição para avançar, num espaço-tempo de quatro anos condensado "em até 180 dias".

Nesta oposição tem que caber todas as frentes, mas também a classe média democrática e a inteligência progressista, que não gostam do nome real de "Impeachment sem crime de responsabilidade", mas também não gostam de Belo Monte. Tem que caber todos os políticos dos partidos que se opuseram ao golpe, mas também prefeitos e parlamentares de partidos que orientaram pelo golpe, mas, lá no Brasil profundo, estiveram pela legalidade. Ou os que, pelo desenrolar dos acontecimentos, voltem atrás em suas opiniões.

O mundo dá voltas.

Ninguém pode antever o que será o governo Temer antes da sua primeira semana de vigência, por isso profecias aos cientistas políticos, aos políticos e ativistas incidir sobre todas as variáveis que serão abertas.

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