O golpe não suporta a liderança de Lula

"O golpe foi dado para tirar o PT do governo, mas também para tentar impedir que as elites brasileiras voltem a perder o controle do Estado e tenham que conviver com governos que não fazem o que elas querem. Para demonstrar que as elites não aceitam mais perder eleições e têm que aceitar o resultado dessas eleições. E esse risco teve um nome preciso e continua tendo: Lula", escreve Emir Sader, sociólogo e colunista do 247; "Já não importa que o Judiciário apareça, em todas as suas instâncias, como um simulacro de órgão que garanta a Constituição e a democracia. Às favas com as aparências. Agora se trata de blindar o capitalismo brasileiro e o Estado brasileiro, para que sigam sob o controle das minorias, que sempre haviam dirigido o Brasil", afirma

"O golpe foi dado para tirar o PT do governo, mas também para tentar impedir que as elites brasileiras voltem a perder o controle do Estado e tenham que conviver com governos que não fazem o que elas querem. Para demonstrar que as elites não aceitam mais perder eleições e têm que aceitar o resultado dessas eleições. E esse risco teve um nome preciso e continua tendo: Lula", escreve Emir Sader, sociólogo e colunista do 247; "Já não importa que o Judiciário apareça, em todas as suas instâncias, como um simulacro de órgão que garanta a Constituição e a democracia. Às favas com as aparências. Agora se trata de blindar o capitalismo brasileiro e o Estado brasileiro, para que sigam sob o controle das minorias, que sempre haviam dirigido o Brasil", afirma
"O golpe foi dado para tirar o PT do governo, mas também para tentar impedir que as elites brasileiras voltem a perder o controle do Estado e tenham que conviver com governos que não fazem o que elas querem. Para demonstrar que as elites não aceitam mais perder eleições e têm que aceitar o resultado dessas eleições. E esse risco teve um nome preciso e continua tendo: Lula", escreve Emir Sader, sociólogo e colunista do 247; "Já não importa que o Judiciário apareça, em todas as suas instâncias, como um simulacro de órgão que garanta a Constituição e a democracia. Às favas com as aparências. Agora se trata de blindar o capitalismo brasileiro e o Estado brasileiro, para que sigam sob o controle das minorias, que sempre haviam dirigido o Brasil", afirma (Foto: Emir Sader)


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A perseguição de Lula tornou-se uma obsessão da direita brasileira, em todas as suas vertentes: governo golpista, meios de comunicação, Judiciário, PGR, Polícia Federal, MP. A fragilidade do golpe que eles orquestraram e colocaram em prática é tão evidente, que apelam para todas as tentativas de tirar Lula da vida política, senão tudo o que eles fazem pode se esboroar.

Renan Calheiros disse que não há eleições diretas agora, porque Lula é favorito. Que governo é esse, que suposta democracia é essa, que tem pânico de eleições!? Se estivesse atendendo a "voz das ruas", como não cansaram de dizer, se iriam reunificar o país, retomar o desenvolvimento e a confiança econômica no país, por que esse medo todo da voz das ruas, da voz do povo?

A cada anúncio do que o governo pretende fazer deveria tornar mais forte o governo, mais fraco o Fora Temer. Porém, cada vez que um ministro deixa escapar os verdadeiros objetivos do governo, aumentam as manifestações e o Fora Temer. E se desata a correria para desmentir o indesmentível e tratar de diminuir os efeitos negativos e o aumento das mobilizações contra o governo.

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O golpe foi dado para tirar o PT do governo, mas também para tentar impedir que as elites brasileiras voltem a perder o controle do Estado e tenham que conviver com governos que não fazem o que elas querem. Para demonstrar que as elites não aceitam mais perder eleições e têm que aceitar o resultado dessas eleições.

E esse risco teve um nome preciso e continua tendo: Lula. O fantasma que ronda a cabeça de todos os membros da elite brasileira. Porque ele representou a perda do controle do Estado, a continuidade dessa perda por mais de 12 anos e o risco real de que isso volte a acontecer.

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Por isso a elite brasileira – a começar pela sua mídia – já não se importa de aparecer com posições abertamente antidemocráticas e repressivas. O objetivo maior é não voltar a ser oposição, a ter que conviver com governos que promovem os direitos de todos, que fazem da distribuição de renda para toda a sociedade um dos seus objetivos centrais.

Já não importa que o Judiciário apareça, em todas as suas instâncias, como um simulacro de órgão que garanta a Constituição e a democracia. Às favas com as aparências. Agora se trata de blindar o capitalismo brasileiro e o Estado brasileiro, para que sigam sob o controle das minorias, que sempre haviam dirigido o Brasil.

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Porque o sistema em que se baseiam, de busca desenfreada de mais lucro, de maximização permanente dos lucros, é cada vez menos compatível com a democracia. Porque as pessoas viram que o país pode funcionar bem e funciona muito melhor, contentando a muito mais gente, crescendo e distribuindo renda ao mesmo tempo, qualquer eleição revela esse sentimento da maioria e derrota os projetos reducionistas de governar para poucos.

Na reunião de governadores com o ministro da economia, este lhes disse que seu compromisso é com o ajuste fiscal, que só produz miséria e sofrimento para a grande maioria. Um dos governadores, expressando o sentimento de todos eles, respondeu que o compromisso deles é com as pessoas. Se questionava assim, também outra afirmação do ministro, de que "a Constituição não cabe no orçamento", num orçamento que só traz penúrias para os estados e para a população de todos os estados.

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Para um governo assim, a simples presença de Lula, a recordação para a grande maioria da população, de que se pode e se deve governar em direção diametralmente oposta àquela que orienta o governo golpista, é um atentado à sua existência e à sua legitimidade. A liderança de Lula é insuportável para o governo golpista. Porque Lula se elegeu e se reelegeu e elegeu e reelegeu sua sucessora, democraticamente, pelo voto popular, e levou à prática políticas que ampliam o orçamento, para colocar aí os pobres e atender suas necessidades.

Daí a pantomima da denúncia sem provas contra Lula, que se repete uma e outra vez, com a mídia funcionando de papagaio repetitivo das palavras vazias dos que, uma e outra vez, de forma inócua, tentam minar o prestígio de Lula. Uma vez mais, só aumentam a sua popularidade e incentivam ainda mais o Fora Temer!

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