O genocida pestilento vai às compras para não ser julgado
Colunista Jeferson Miola destaca que, "para evitar o prosseguimento de ações judiciais", Jair Bolsonaro "também avança as compras sobre os estamentos jurídicos". "Este é o significado da oferta do cargo de ministro do STF para o atual PGR, Augusto Aras, na vaga de Celso de Mello, que será aberta em novembro", afirma
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Bolsonaro está em plena temporada de compras para impedir que a Câmara autorize tanto a instalação de processo de impeachment no Senado por crime de responsabilidade, como o seu julgamento no STF pelos variados crimes comuns cometidos.
Em qualquer dos casos, é preciso o voto de 342 deputados/as, 2/3 do total.
Uma vez autorizado quaisquer dos 2 processos pela Câmara [impeachment no Senado ou julgamento no STF], o genocida pestilento é imediatamente afastado por 180 dias, prazo para que os processos sejam concluídos.
Caso não seja aprovada a PEC das Diretas, que prevê a convocação de eleições no prazo de 90 dias depois do afastamento do ocupante do cargo presidencial, assume em lugar do Bolsonaro o general Hamilton Mourão.
Mourão, eleito vice na eleição duplamente fraudada de 2018 – [1] por meio da farsa da Lava Jato que impediu a candidatura do Lula e [2] pela usina de fake news impulsionada via WhatsApp com o financiamento ilegal por empresários corruptos – embora aparente certa racionalidade, não é garantia de interrupção da barbárie fascista.
Na temporada de compras em plena pandemia, que o genocida pestilento continua tratando como simples “gripezinha” e “neurose” enquanto passeia de jet ski, ele já comprou o passe do agrupamento parlamentar hiper-corrupto chamado Centrão.
Com esta aquisição no atacado político, o genocida pestilento garante, provisoriamente, cerca de 200 votos na Câmara – suficientes para impedir a autorização para que seja julgado.
A turma do Centrão já está se refestelando em órgãos que manuseiam vultuosos recursos públicos, e poderá subir o preço do passe à medida em que Bolsonaro se enfraquece, e passarão a ambicionar cargos no ministério e postos-chave de comando.
Com a vigência do estado de calamidade, que flexibiliza compras e contratações públicas sem licitação, é de se imaginar o tamanho da roubalheira.
Para evitar o prosseguimento de ações judiciais que pesam contra ele e que poderão fundamentar o julgamento tanto pelos crimes de responsabilidade como pelos crimes comuns, Bolsonaro também avança as compras sobre os estamentos jurídicos.
Este é o significado da oferta do cargo de ministro do STF para o atual PGR, Augusto Aras, na vaga de Celso de Mello, que será aberta em novembro.
O procurador-geral Aras joga parado, espera o prêmio cair por gravidade. Atitude bem diferente daquela do presidente do STJ, João Otávio Noronha, que na semana passada pagou antecipadamente o preço para ser ele o indicado para o STF e derrubou as decisões judiciais que obrigavam o genocida pestilento a mostrar o laudo positivo para COVID-19 [aqui].
O TSE, que tem todos elementos para cassar a chapa Bolsonaro-Mourão, já está no bolso do bolsonarismo há muito tempo [aqui].
Com omissões deliberadas, manobras, tergiversações e o que mais se possa imaginar, o Corregedor-Geral do TSE Jorge Mussi até hoje não concluiu o julgamento das denúncias citadas acima, de fraude na eleição, que causariam a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão e provocariam a convocação de novas, limpas e livres eleições presidenciais.
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