O furto do petróleo

O mundo do petróleo é complicado. A questão é ter a chave certa para abrir a porta que desvende seus segredos. E aí surge um ladrão. Como na fábula que o gato tirava as castanhas do fogo e o macaco ia comendo. O macaco aqui são as empresas estrangeiras de petróleo e as castanhas tem o nome complicado de cessão onerosa

O furto do petróleo
O furto do petróleo (Foto: ABR)


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O mundo do petróleo é complicado. Não mais do que o da energia nuclear ou da informática quântica. A questão é ter a chave certa para abrir a porta que desvende seus segredos.

Mas ter esta chave custa muito. São anos de estudo, de trabalho, de gastos perdidos com a serralheria inadequada. Quando você abre a porta, vem o prêmio.

O prêmio do petróleo se chama reservatório, o lugar onde o gás e o óleo ficam armazenados. E como no entender de Einstein, a natureza é sutil nunca maldosa, cada reservatório tem sua peculiaridade. Como os dentes de uma chave.

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Quando você consegue ter, finalmente, a chave certa, já gastou muito dinheiro, já acumulou muito conhecimento e vai, finalmente, usufruir deste esforço, muitas vezes resultado de anos e anos, de mais de uma geração.

E aí surge um ladrão. Como na fábula que o gato tirava as castanhas do fogo e o macaco ia comendo.

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O macaco aqui são as empresas estrangeiras de petróleo e as castanhas tem o nome complicado de cessão onerosa.

Vamos abrir esta porta.

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A Petrobrás descobriu a maior reserva de petróleo do último meio século. E não foi apenas este feito notável da capacidade de seus geólogos, engenheiros e de todo corpo técnico.

Esta descoberta ocorreu quando as grandes empresas internacionais de petróleo estavam com suas reservas em queda. Isto significa o mesmo que afirmar que já enxergavam o fim de suas produções.

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O amigo leitor pode confirmar este fato de modo muito simples. Nestes últimos 15/20 anos houve a maior fusão, incorporação, compra de empresas de petróleo no seu próprio meio. Por exemplo: Texaco e Chevron viraram Chevron, Gulf foi assimilada pela Total (francesa) e a Exxon incorporou a Mobil Oil passando a ser a ExxonMobil.

E vai a Petrobrás e apresenta o pré-sal. Uma reserva de petróleo que cada dia mais surpreende pelo gigantesco tamanho. Uma Arábia Saudita nas costas brasileiras.

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É bom que se saiba que todo petróleo descoberto no Brasil pertence ao povo brasileiro. É um bem finito e insubstituível. O Governo que autoriza a produção. Para isso criou a Petrobrás, em 1954, e por muitos anos todo petróleo descoberto aqui foi para nosso País. Ainda seria se governantes nada nacionalistas, não tivessem permitido empresas estrangeiras explorarem petróleo no Brasil.

Mas uma coisa é procurar o petróleo, outra é usufruir do petróleo descoberto por outro.

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A denominada cessão onerosa é o petróleo que a Petrobrás já descobriu e que o deputado José Carlos Aleluia (DEM), da Bahia, em maquinações com o deputado Rodrigo Maia (DEM), do Rio de Janeiro, por golpe no Congresso e no povo brasileiro, numa noite, permitiram que, por um copinho d’água, a Chevron e a ExxonMobil, por exemplo, ficassem com o nosso petróleo do pré-sal. O já descoberto, sem qualquer risco nem custo com a chave.

Que nome o leitor disse mesmo?

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