O fim de um pesadelo que durou quatro anos!

"O pesadelo está chegando ao fim, mas a turbulência será enorme, por anos", escreve Arnóbio Rocha

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)


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O pesadelo está chegando ao fim, mas a turbulência será enorme, por anos.

Chega-se ao final melancólico de um desgoverno obscuro.

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Foram quatro anos de trevas, sem nenhuma notícia positiva em todo esse tempo, em qualquer área que seja, nada se encontrará de bom, nem mesmo aceitável, é um desastre absoluto, com retrocessos civilizatórios que apenas em décadas poderá se recuperar.

É um não legado, a herança maldita de FHC, parece brincadeira de mau gosto de nossa parte quando comparado ao inferno de Bolsonaro e do abutre, Paulo Guedes, além de outras nulidades, como Damares, Araújo, Sales, Moro, Pazuelo, Queiroga, Farias, Kássio com K, Mendonça, nunca tanta gente ruim se reuniu num só lugar.

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O Caos está instalado em todas as partes, Economia, Saúde, Educação, Justiça, Diplomacia, Direitos Humanos, Meio ambiente, A política de terra arrasada fez do Brasil um corpo tomado pelo câncer do autoritarismo, o “patriotismo” do militarismo saudoso da Ditadura, de um país de fantasia, que nunca existiu de fato.

A Religião como arma usada para negação da ciência, das liberdades e dos direitos fundamentais, criou um fundamentalismo Talibã, ou melhor, foi o ápice de uma construção de décadas que encontrou em Bolsonaro, que ironia, o representante da Família, o homem de Deus (que Deus é esse?) e da Pátria, o milico expulso do exército.

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Durante a Pandemia o pior entre os piores se revelou plenamente, sua incompetência e incapacidade de liderar uma prefeitura minúscula, quanto mais a presidência, A Negação da Pandemia foi a forma de esconder sua inapetência ao cargo, seu ódio ao povo pobre, preto e periférico se evidenciou de forma cristalina, o boicote aos investimento para combater a pandemia que matou mais de 700 mil brasileiros e brasileiras. Bolsonaro fez piada, troça com as mortes e doentes, afinal ele na era “coveiro”.

A Economia foi conduzida por um abutre do Mercado, “a voz do mercado” se materializou em Guedes, um caso de incompetência e arrogância, que até do Mailson da Nóbrega e Zélia Cardoso, foram reabilitados, Todo o esforço foi para privatizar, entregar o patrimônio público, com resultado absolutamente pífio, um desastre econômico e social.

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As políticas públicas de direitos humanos, sociais, de proteção ao meio ambiente, segurança alimentar, participação popular, conselhos foram atacados, desmontados e/ou aparelhados, mudaram as suas finalidades. A política genocida contra os povos originários em favor da exploração irresponsável da Amazônia, armando grileiros, garimpeiros e o agronegócio predador.

Foram quatro anos em que o Brasil se tornou pária internacional, o processo de descrédito e perda de soberania iniciada com o Golpe, com Temer e aprofundada por Bolsonaro, que colocou um completo idiota como Chanceler, o Sr. Araújo, o devoto de Olavo Carvalho, um disparate. O Brasil virou um país insignificante no mundo, principalmente nos temas em que era referência, como preservação do meio ambiente, clima, energias alternativa, entre tantos temas.

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A situação é tão traumática que forças rivais históricas se uniram para derrotar a maior derrama de dinheiro público da história do Brasil, nunca se gastou tanto de forma irresponsável numa eleição, “rasgou dinheiro”, realocou recursos de serviços e funcionamento da máquina, deixando o futuro governo sem dinheiro, sem capacidade mínima de honrar os compromissos.

O final é trágico, desde sua derrota nas urnas, o governo acabou de vez, exceto o saco de maldades, cascas de bananas para atrapalhar o novo governo. O Grupo de Transição, mesmo sem acesso pleno aos números, fez um diagnóstico dramático dos quatro anos, e a projeção dura de pelo menos por mais dois anos para frente.

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Novo tempo de muito trabalho, recuperação de imagem, novas ideias e soluções para tirar o Brasil do buraco, pior, ainda ter que lidar com os fundamentalistas ajoelhados em frente aos quartéis, ameaçando com bombas, atentados e arruaças, até de morte, as autoridades que estão para assumir o governo.

Será preciso muita paciência e coesão para que o Brasil volte ao prumo, dia 1º de janeiro será o ato inaugural de um tempo de reconstrução do país, de limpar do mapa essa onda obscura, burra e boçal, fazer com que o povo se reencontre e recobre o sentido de Nação e Soberania, orgulho de um país.

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É o que nos espera.

PS: Num último ato de vergonha nacional, Bolsonaro e sua família vão para os EUA, deixando o Brasil sem comando nem para entregar a faixa. A ironia é que abandonam os seus ao relento em frente a alguns quartéis.

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