O feitiço virou contra o feiticeiro
A semente lançada em todo o país foi germinando. Porém, o que era pra brotar em Brasília, floresce no Paraná. Quem luta agora para fugir do impeachment é o governador Beto Richa
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Mesmo sendo de difícil pronúncia e escrita, a palavra inglesa impeachment tornou-se corriqueira para o brasileiro.
Desde a posse de Dilma, em seu segundo governo, o termo é recorrente nas manchetes jornalísticas. Os barões da mídia sabem como incorporá-lo ao nosso vocabulário.
Não conseguindo emplacar o seu candidato à presidência, pela quarta vez consecutiva, insuflaram a oposição e a população a recorrerem ao expediente.
Na ânsia de tirar Dilma do Planalto a qualquer custo, não se intimidaram em ser acusados de golpistas - e cá pra nós, nada mais redundante.
A semente lançada em todo o país foi germinando. Porém, o que era pra brotar em Brasília, floresce no Paraná. Quem luta agora para fugir do impeachment é o governador Beto Richa.
Os tucanos e afins, que tanto ajudaram a mídia a espalhar o veneno, procuram, desesperadamente, o antídoto.
O povo paranaense exige a responsabilização do governador pelo massacre da PM aos professores em Curitiba. O slogan por todo o estado é “fora, Beto Richa”.
Sabe lá o que é chegar a um estádio de futebol, em plena final de campeonato, e ver as torcidas rivais gritarem em uníssono seu nome? Beto Richa conseguiu, tamanha incompetência e estupidez de seu governo.
Vale lembrar que o político foi reeleito no primeiro turno, com 55% dos votos válidos. Uma incrível façanha para quem concorria com o ex-governador Roberto Requião e a ex-Ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann.
Junto com Geraldo Alckmin, também reeleito no primeiro turno, eram a consagração da propalada gestão tucana. O candidato Aécio Neves, no segundo turno, não economizou em usá-los como grandes expoentes da administração pública.
Do Paraná e São Paulo, Aécio tirava as lições de como se governar o país. Sobre Richa, enfatizou: “é o mais bem preparado homem público”.
Desde que foram reeleitos enfrentam muitas dificuldades em seus estados, apesar de serem poupados pela mídia. A educação, uma das principais exigências dos eleitores, foi para o fim da fila – do descaso.
Em São Paulo, onde faltou água e agora sobra dengue, os professores caminham para dois meses em greve. No Paraná, Richa adotou o modelo do velho oeste americano. Como um John Wayne, seu secretário de segurança é quem cuida das reinvindicações dos professores.
O presidente do PSDB, Aécio Neves, que, colericamente, acusa Dilma de estelionato eleitoral pelo ajuste fiscal, não vê nenhuma incoerência entre discurso e prática dos colegas eleitos.
Para aqueles que acordam com Miriam Leitão ou deitam com William Waack, alguns podem estar despertando do quanto pior poderia ser.
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