O fascismo barbosiano está de volta

É inacreditável que o juiz Sergio Moro tenha usado o simples esforço dos advogados para falar com o ministro da Justiça, e sem informação de que este tenha feito coisa alguma para seus clientes, para justificar a continuidade da prisão preventiva

É inacreditável que o juiz Sergio Moro tenha usado o simples esforço dos advogados para falar com o ministro da Justiça, e sem informação de que este tenha feito coisa alguma para seus clientes, para justificar a continuidade da prisão preventiva
É inacreditável que o juiz Sergio Moro tenha usado o simples esforço dos advogados para falar com o ministro da Justiça, e sem informação de que este tenha feito coisa alguma para seus clientes, para justificar a continuidade da prisão preventiva (Foto: Miguel do Rosário)


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Do Cafezinho

É inacreditável que o juiz Sergio Moro tenha usado o simples esforço dos advogados para falar com o ministro da Justiça, e sem informação de que este tenha feito coisa alguma para seus clientes, para justificar a continuidade da prisão preventiva.

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O barbosianismo, essa sociopatia midiática, está de volta.

Os sujeitos são os maiores empreiteiros do país. Boa parte do Brasil foi construída por essas empreiteiras, e todo o nosso projeto de infra-estrutura está sob responsabilidade das mesmas.

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É óbvio que o governo precisa se envolver. Que o ministro da Justiça precisa buscar uma solução de bom senso, que não paralise o país.

Que se julgue os crimes, com rigor, mas sem vingancismo, sem loucura, sem jogar fora, junto com a água da corrupção, todos os bebês que estavam na banheira.

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A nossa mídia, claro, aplaude, porque sabe que a classe média fascistoide lhe dará suporte.

A mesma classe média que a mídia sempre cultivou.

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Os analfabetos políticos.

Os violentos de espírito, que apoiaram entusiasticamente a ditadura porque acreditaram naqueles editoriais que chamaram o golpe de "retorno à democracia".

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O sistema penal brasileiro é bárbaro. Há milhares de cidadãos engaiolados sem que haja sequer uma sentença a condená-los.

Há prisões superlotadas que lembram masmorras.

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Aí, ao invés de criticar uma barbárie que, em sua maior parte, castiga a população mais pobre, a mídia agora aplaude a aplicação da barbárie a um punhado de executivos de meia idade, desde que seja para cumprir um objetivo político.

Nos Estados Unidos, de onde copiamos a delação premiada, a instituição é contrabalançeada com um rigor absoluto no respeito ao direito de defesa.

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Aqui, não. O juiz decreta prisão preventiva por tempo indeterminado, numa forma descarada de tortura para que os réus "confessem" alguma coisa que sirva ao circo midiático, e está tudo bem.

Nos EUA, que têm muito mais corrupção que aqui, seria impensável que os interesses nacionais fossem postos de lado, como estão fazendo com a Lava Jato, ao paralisar obras de infra-estrutura e colocando centenas de milhares de empregos em risco, e justamente num momento em que a economia brasileira vive um momento difícil.

O circo da Ação Penal 470 fez escola.

Sergio Moro é o mesmo que escreveu o voto de Rosa Weber contra Dirceu, no qual ela disse que o condenava mesmo sem provas, porque a literatura assim o permitia.

Alguns dos promotores são os mesmos que assessoraram Gurgel a escrever o texto ficcional que foi a acusação da procuradoria na AP 470.

É o mesmo tipo de inteligência por trás, elaborando todo o tipo de armadilha judicial para cumprir um objetivo político.

A mídia também rasgou qualquer escrúpulo democrático.

Os irmãos Marinho foram pegos numa operação de evasão fiscal, num processo em que houve até o roubo do processo.

Mas eles são intocáveis.

Tirando eles, porém, todos estão à mercê do arbítrio e da barbárie do Estado e da mídia.

Pobres ou ricos, não importa.

Tornou-se uma peça útil para a mídia, adeus à liberdade, adeus aos direitos.

O Brasil se tornou refém de uma mídia positivamente fascista.

Ninguém está seguro.

Enquanto isso, os sonegadores do HSBC são blindados e protegidos por esta mesma mídia, pela simples razão que ainda não encontraram uma maneira de controlar a narrativa desse escândalo.

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