O fantasma do golpe querendo voltar?
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Em poucos meses, Lula conseguiu avançar na área econômica dentro e fora do Brasil. As comparações não param de acontecer com o governo Bolsonaro. Vão desde Mais equidade salarial e cotas na administração pública, aumento real do salário mínimo, Fundo Amazônia, resgate dos Yanomami, volta das relações exteriores, volta do Bolsa-Família, Minha Casa, Minha Vida, ncora fiscal e teto de gastos, PIB em alta e o quarto com maior crescimento econômico no mundo, Baixa nos preços da gasolina e bujão de gás, milhões em recursos no exterior e por aí vai. Muitos bolsonaristas estão atrelando a todas essas vitórias como sorte. Sorte seria acertar na MegaSena. Isso se chama competência.
Apesar disso, a luta da maioria bolsonarista é tentar derrubar o governo Lula através de jogo político nas derrotas de propostas do Governo na Câmara. Essa luta já era aguardada. Porém, diante da descoberta da maior reserva de petróleo nunca vista na Amazônia, pode realmente virar o jogo. Está claro que o fator de derrubada de Dilma foi o pré-Sal? Lembre-se das condições naquele momento. Vitótia apertada na eleição, não tinha maioria no Congresso e estava com dificuldades de negociar pautas importantes para o Brasil. Desde a sua descoberta, os Estados Unidos queriam tomar a jazida do ouro negro para eles. Construíram o maior curso, feito pela CIA para derrubar governos latinos, com participação de Sérgio Moro. Conseguiram dar o golpe e entregar de bandeja o pré-sal para as empresas americanas explorarem.
Recentemente, um vídeo ficou disponível do ex-presidente Trump falando abertamente que queria pegar para ele o petróleo da Venezuela. Dizia que o país estava um caos e que era o momento certo para tomar o petróleo deles. E esse é o grande problema no mundo. Os americanos financiaram a guerra atual da Síria e acabaram ocupando um terço do país. Adivinhem qual terço foi ocupado? Justamente onde tinha o petróleo. Com a nossa descoberta, agora os olhares se voltam para nós. Na época de Dilma, a presidenta peitou Eduardo Cunha, não deu o apoio que ele queria e foi instalado o golpe. O que estamos vendo hoje é um reflexo daquela época. Querem que o Lula peite também o Arthur Lira. O presidente desde o início quer negociar com o Congresso, mesmo não tendo a maioria.
Temos naquela região Amazônica, uma estimativa o dobro do valor do pré-sal. Por volta de 25 trilhões de dólares. E lembrando que nos países como Venezuela, os Estados Unidos precisariam entrar a força para roubar o petróleo, como tentou se aproximar com porta aviões e caças, mas foi acudido pela Rússia, que também levou sua marinha de apoio ao local. Por aqui, bastou a intervenção da extrema direita dando um golpe através da Lava-Jato para derrubar o governo de Dilma. Neste momento, temos Lula se garantindo sendo holofote internacional, tendo apoio de vários países, inclusive a Rússia.
A intensão de nos tornarmos uma potência internacional pode ser o trunfo no momento de crise dos Estados Unidos, porém, nesse momento, temos que pensar também nos povos originários e ribeirinhos. Importante é repensar o projeto, para uma extração limpa, responsável com participação popular seria o mais indicado, para começar daqui a dois anos. Tirar o garimpo ilegal e milícias da região é a primeira prioridade, em segundo assegurar as terras aos povos originários, terceiro seria pensar em atividades que abastecessem a região como turismo responsável e colheita de flora medicinal.
Porém, o cenário é outro de 2015. Temos uma figura como Lula na liderança do país, que tem respaldo de várias potências. O crescimento econômico interessa a países como China e Rússia. Não podemos esquecer que estamos em virada de mesa, com bolsonaristas pagando o que devem a justiça pelo golpe de 08 de janeiro. A pressão é grande e Lula tem que se precaver de não entrar em um déjà-vu. Neurônios. Neurônios.
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