O fanfarrão golpista, mentiroso e inimigo da nação
Só manifestos não bastam. É preciso ir às ruas, com mobilização maciça dos movimentos sociais, sindicais e populares, para que seja dado um basta às tentativas de desestabilização institucional
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Jair Bolsonaro é um presidente corrupto, mentiroso, genocida e golpista. Seus últimos movimentos contra a democracia, com ataques ao voto eletrônico – sistema pelo qual se elegeu desde 1996 e ainda incluiu três filhos na política -, merecem o repúdio de todo o povo brasileiro.
No fundo, as estrepolias autoritárias visam também a desviar a atenção da sociedade dos profundos retrocessos que vêm sendo implementados pela base bolsonarista no Congresso, com ataques frontais aos direitos sociais, trabalhistas e econômicos do povo, privatizações antinacionais, desprezo ao meio ambiente e favorecimento a grupos de criminosos, como os grileiros na Amazônia.
Democracia é poder exercido pelo povo, pelo voto. Qualquer forma de agressão, burla ou ofensa ao processo democrático, antes de atingir instituições, agride, engana e desrespeita as pessoas. Por isso a ameaça ao processo eleitoral constitui uma conduta criminosa: porque põe em risco o direito de o povo continuar exercendo o poder. Bolsonaro, com sua falta de compromisso democrático, atua contra o povo brasileiro.
As falas levianas do presidente militar sobre o escrutínio eletrônico dos votos, muito mais do que ataques ao Tribunal Superior Eleitoral, a um ou outro ministro, são agressões que ele faz contra todo eleitor. Assim como desprezou a Covid-19 e tornou-se diretamente responsável por centenas de milhares de mortes, Bolsonaro agora debocha do cidadão e da cidadã do País ao tentar torpedear as eleições.
Seus ataques demonstram desespero, que cresce a cada pesquisa que mostra queda de sua popularidade e a preferência do eleitorado para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conduzir o Brasil com um projeto de desenvolvimento nacional tolerante, justo socialmente e que respeita o meio ambiente, os povos indígenas e os direitos da classe trabalhadora.
Enquanto o presidente bravateia, o Brasil acompanha o desastre que é o seu governo. Enquanto ele tenta ser uma espécie de Trump dos trópicos, a realidade é a mais cruel possível contra a classe média e os trabalhadores. Há aumento desenfreado dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, e a direção militar da Petrobras atropela tudo e anuncia o repasse de lucros bilionários a acionistas, em boa parte do exterior, tudo às custas do povo brasileiro.
A fome voltou, o desemprego campeia e os desempregados e subempregados não veem perspectivas de mudança do cenário. Há gente na fila pedindo ossos em açougues para fazer sopa. Mas para o sub-Trump o que importa é atacar instituições e distrair a mídia e o povo com seus arroubos autoritários, como se fosse dono do País.
Cabe à sociedade reagir. Um manifesto assinado no dia 5 por mais de 250 acadêmicos, empresários, intelectuais, políticos, artistas e outras personalidades da sociedade civil pede respeito às eleições de 2022 e a garantia de realização do pleito, em resposta às ameaças golpistas de Jair Bolsonaro. O texto cita a crise sanitária, social e econômica, as mortes pela Covid-19 e o desemprego. É um avanço, pois entre os nomes estão pessoas de peso do mundo empresarial e financeiro.
Mas só manifestos não bastam. É preciso ir às ruas, com mobilização maciça dos movimentos sociais, sindicais e populares, para que seja dado um basta às tentativas de desestabilização institucional bem como à pauta perversa que tem sido aprovada no Congresso Nacional.
E a saída para tudo isso é: impeachment já!
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