O engano de Alfredo Gaspar e a fervura na PM de Alagoas

Não adianta pedir paciência. Essa é a palavra que os policiais de Alagoas mais escutam desde que começaram a trabalhar na segurança. O que eles querem é salário, depois condições de trabalho



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Os últimos secretários de Defesa Social de Alagoas tinham perfis completamente diferentes. Dário César era preparado para operações, militar por formação, qualificado com diversos cursos.

Eduardo Tavares, oriundo do Ministério Público Estadual, ficou pouco tempo. Por lá foi colocado para ter visibilidade e ser uma alternativa política. Como sabemos, tal intento naufragou.

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Em seguida o governador Teotonio Vilela nomeou o juiz Diógenes Tenório. Como os secretários anteriores, cidadão de comportamento exemplar em sua atividade profissional. Mas no comando da secretaria entrou quieto e saiu em silêncio.

Agora é a vez do promotor Alfredo Gaspar de Mendonça. Parece ter espírito de policial. Participa das operações dando demonstrações de que pretende unificar e intensificar as ações entre as policias civil e militar.

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No último final de semana esteve em Arapiraca. De acordo com texto publicado no site da polícia civil, com o título "Operação policial integrada é deflagrada em Arapiraca" – o foco era impactar e deixar os arapiraquenses conscientes da união das polícias, diariamente.

No entanto, Alfredo Gaspar comete um erro estratégico, pois essa não é a questão fundamental. Não foi anunciado nenhum projeto para recuperação das delegacias, tampouco dos batalhões e das companhias.

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O mais grave é com relação aos salários dos policiais. Uma questão decisiva que enfraqueceu o governo tucano nessa área e, consequentemente, os secretários que passaram pela pasta. Agora Alfredo Gaspar tenta programar atuação conjunta participando diretamente.

Mas se não resolver a questão do aumento aprovado no governo anterior, que seria concedido no mês passado, será tragado pela insatisfação da tropa. Os primeiros focos já foram observados. Em conversas entre militares através do WhatsApp e no Facebook eles estão possessos.

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Inclusive com duras críticas aos companheiros de farda que comandam as associações que os representam. Um desses foi vaiado na última reunião da categoria ao pedir paciência com o novo governo. Tal insatisfação, se não for resolvida, fará com que os homens que vão pras ruas não atuem, façam corpo mole.

E não adianta pedir paciência. Essa é a palavra que os policiais mais escutam desde que começaram a trabalhar na segurança. O que eles querem é salário, depois condições de trabalho, o que, no final de tudo, acaba sendo a mesma coisa.

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Que Alfredo Gaspar de Mendonça não se engane. É preciso fazer política e gestão estratégica, o que significa conseguir com que o governo cumpra o que foi acertado, recupere as estruturas das policiais na capital e no interior e aumente o efetivo. Caso contrário, boas intenções não vão resolver o problema.

O engano na estratégia é claro. É preciso ver o todo. Ainda há tempo.

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