O discreto silêncio dos coxinhas
Tradicional espaço ocupado pela turma que apoiou o golpe contra Dilma, a Praça da Liberdade, Zona Sul de Belo Horizonte, não teve qualquer alteração na sua rotina no dia da tão sonhada condenação de Lula pelo juiz Moro. Não nos deixemos enganar pelo discurso único da velha mídia brasileira. O povo está vendo a conspiração
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Quem passou pela Praça da Liberdade ontem à noite viu o que quase sempre se vê numa quarta-feira normal. Tradicional espaço ocupado pela turma que apoiou o golpe contra Dilma, a praça localizada na Zona Sul de Belo Horizonte não teve qualquer alteração na sua rotina. No dia da tão sonhada condenação de Lula pelo juiz Moro, a cereja no bolo da conspiração contra o povo brasileiro, os coxinhas fizeram silêncio.
Nos piores momentos é que é preciso ter sangue frio para perceber as tímidas vitórias, aquelas pouco alardeadas, até por serem ignoradas pela mídia tradicional. Por isso é tão necessário sublinhar o discreto silêncio dos coxinhas naquele dia em que eles prometiam tomar de novo as ruas dos bairros mais nobres das cidades brasileiras. Há não mais do que um ano e meio, teríamos algumas centenas, talvez milhares, nas ruas comemorando a condenação do presidente mais popular da história brasileira. Mas isso não ocorreu.
O quadro atual é grave, por certo, e não nos permite ilusões. Mas a perceptível mudança que se percebe nos olhos das pessoas tampouco pode ser despercebida. O povo sente. Vê um senador como Aécio Neves ser pego na botija e receber toda a sorte de privilégios que o isentam de pelo menos ser investigado. Vê um presidente da República que trai sua antiga companheira de chapa, aplica um programa de governo oposto ao anterior e se mete numa série de práticas espúrias em conjunto com empresas igualmente corruptas. Impunemente. Vê um "juiz" de 1ª instância participar de convescotes com Aécio, Temer, Dória, Serra, Alckmin, e esse mesmo magistrado "julgar" o político mais popular de nossa história.
Não nos deixemos enganar pelo discurso único da velha mídia brasileira. O povo está vendo a conspiração. Talvez não na intensidade e velocidade que gostaríamos, mas está percebendo.
Hoje, o palco das lutas está quase circunscrito aos palácios e gabinetes, o terreno preferencial dos eternos donos do poder. Por isso precisamos demonstrar força nas ruas, nas casas, nas praças, nosso espaço preferencial.
Não é hora de chorar ou desanimar. Pelo contrário. É hora de lutar. Sempre na luta. Como faz Lula.
Deixemos o discreto silêncio envergonhado para os coxinhas.
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