O dia que Marinho vestiu a carapuça em sua guerra psicológica
O magnata bilionário da imprensa de negócios privados, João Roberto Marinho, se irritou com uma pergunta feita pela presidente Dilma: "A sua vida melhorou?"
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A presidenta Dilma Rousseff foi recentemente à televisão fazer um pronunciamento de fim de ano. Franca como sempre, a mandatária trabalhista irritou o magnata bilionário da imprensa de negócios privados, João Roberto Marinho, herdeiro de O Globo. Dilma fez uma pergunta essencial ao povo brasileiro, que o levou a pensar para ponderar: "A sua vida melhorou?"
Evidentemente que as pessoas devem ter avaliado suas vidas após a contundente pergunta da presidenta. E certamente que a maioria da população de trabalhadores, estudantes e donas de casa devem ter julgado que sim, porque é perceptível até mesmo a um desavisado, alienado ou reacionário que as condições de vida do povo brasileiro melhoraram, e muito, nos últimos 11 anos quando os governantes trabalhistas assumiram o poder no Brasil.
Contudo, apesar das grandes e importantes conquistas sociais e econômicas dos brasileiros, a imprensa corporativa e de alma udenista finge não ver, bem como tergiversa, dissimula e manipula para se dar bem e ter seus interesses econômicos e políticos concretizados.
Para isso, é necessário fazer política. Diga-se de passagem, a má política, covarde e mentirosa, com conotação golpista e que visa, sobretudo, ocupar o lugar de quem deveria fazer a oposição partidária, o PSDB, o incompetente partido que vendeu o Brasil, e seus apêndices cujas siglas são DEM (UDN), o pior partido do mundo e formulador de todos os golpes no século XX, e PPS, antigo PCB, o arremedo de seu passado histórico e maltrapilho ideológico.
Os barões de mídias são os chefes do Partido da Imprensa, que trabalham no submundo da política, de forma paralela, não oficial e fazem oposição aos governos trabalhistas em todos os tempos, porque, simplesmente, representam o establishment. E se tem alguma coisa que o mundo empresarial, as oligarquias e a direita partidária não desejam é a independência do Brasil, além de lutarem contra a emancipação do povo brasileiro.
Já disse isto antes, mas repito com o propósito de as pessoas não esquecerem que a luta é árdua, que os inimigos são poderosos e ricos e que os preconceitos sociais e raciais estão marcados como tatuagens nas almas dos burgueses e dos pequenos burgueses.
Agora, O Globo toma à frente novamente em seu périplo oposicionista, que não leva a nenhum lugar, pois eleições se decidem nas urnas, cujos votos refletem o que os governantes e suas equipes realizaram em prol do bem comum.
E não é que depois de odiar a frase da presidenta, a indagar se a vida do cidadão brasileiro melhorou ou não, o barão magnata bilionário da imprensa, João Roberto Marinho, ficou furioso, porque a presidenta trabalhista se valeu da expressão "guerra psicológica".
A mandatária apenas demonstrou saber qual é a origem do terrorismo e do alarmismo, que tem por objetivo causar insegurança aos empresários e aos mercados em geral. A matriz de tanta confusão é a imprensa de negócios privados, porque é exatamente esta imprensa empresarial que tem publicado, sistematicamente, em suas diferentes mídias, que o Brasil está acabado, derrotado, falido e irremediavelmente sem esperança e futuro se não entrar nos eixos.
Por seu turno, "entrar nos eixos" significa adotar as receitas draconianas elaboradas pelo FMI, além de dar continuidade ao programa de (des)governo do fracassado presidente Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, pois fundamentado nos princípios do neoliberalismo, que prega a diminuição do estado, a queda nos investimentos públicos e na crença que o mercado se ajusta por si só, como se a humanidade não soubesse que quando a raposa se transforma em vigilante de galinheiro sem a fiscalização, regulação e regulamentação do estado, as galinhas, evidentemente, vão sumir e, consequentemente, a família criadora das aves vai ficar com fome.
Os Marinhos admiram e apoiam governos entreguistas, colonizados, subordinados e subservientes aos Estados Unidos, como tal se posicionou e se conduziu o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, aquele político conservador e elitista que vendeu o patrimônio público e mesmo assim foi ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires nas mãos, porque quebrou o Brasil três vezes.
O Governo FHC, mais do que qualquer outro, foi a fundo na política externa de caráter subalterno de tirar os sapatos e, por sua vez, concretizou décadas depois a famosa frase de Juracy Magalhães, antigo governador da Bahia e primeiro embaixador do Brasil em Washington após o golpe de 1964, que afirmou: "O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil".
Nada mais servil e sem qualquer noção de nacionalidade e que reflete com pontualidade e precisão o quão as "elites" brasileiras são descompromissadas e, por conseguinte, divorciadas dos interesses do poderoso País sul-americano e de sua população, que há séculos luta para se desenvolver e, por sua vez, finalmente ter acesso a uma vida de melhor qualidade.
Enquanto isso a direita apátrida e os coxinhas de classe média consideram esse processo justo e de ordem natural, como se fosse possível concordar que certos países imperialistas e com os grupos sociais dominantes, como se eles tivessem o direito quase divino de subjugar as nações, os estados nacionais, os países e seus governantes, além de manterem no papel de escravos de seus lucros os trabalhadores que enriquecem toda essa gente e mesmo assim, indubitavelmente, levam a parte menor do bolo.
E aí, o que acontece? João Roberto Marinho questiona duramente a presidenta Dilma Rousseff, como se lhe desse um "carão" e, completamente sem noção, pois não sabe qual é o seu lugar como megaempresário, confunde-se, pois autoritário, ao ponto de inverter os fatos, as realidades que se apresentam e, por intermédio de um editorial mequetrefe, rastaquera e insensato demonstra imensa irritação, porque Dilma disse que a guerra psicológica, que tem a finalidade de estabelecer insegurança social e jurídica ao País é muito ruim. E o Marinho vestiu, solenemente e sem disfarçar, a carapuça.
"Se alguns setores, seja porque motivo for, instilarem desconfiança, especialmente desconfiança injustificada, isso é muito ruim. A guerra psicológica pode inibir investimentos e retardar iniciativas" — afirmou Dilma Rousseff, em um recado direto à imprensa mercantilista e alienígena, que, evidentemente, vestiu a carapuça, como não deixa dúvida o editorial rasteiro e desrespeitoso de O Globo.
Então, eu dou como exemplo a guerra psicológica dos barões magnatas bilionários da imprensa. Eles (Folha e Globo) disseram que as grandes indústrias racionavam energia. Tal irresponsabilidade do Partido da Imprensa é uma grandíssima mentira, que, em certo momento, inibiu novos investimentos. Insistiram em um "apagão" que nunca existiu, porque os governos Lula e Dilma, ao contrário do governo entreguista de FHC — o Neoliberal I — investiram e investem pesadamente em energia.
Quem deixou o País em um racionamento de 14 meses foi exatamente o governo incompetente dos tucanos. Contudo, de forma surreal, os barões de imprensa de DNA golpista se "esqueceram" desse fato e sempre se dão o direito de manipular a verdade, o que é uma lástima e total falta de discernimento e compromisso com seus leitores e telespectadores.
E os barões não ficaram somente nisso. O editorial de O Globo sem pé e nem cabeça, porque não considera a realidade e a verdade, chama o Governo trabalhista de autoritário e aproveita para criticar e atacar os países vizinhos do Brasil, nos quais seus povos elegeram soberanamente governantes de esquerda e que não estão nem aí para o que os magnatas bilionários pensam ou deixam de pensar.
Trata-se de um editorial tão pernicioso e mentiroso que chega ao ponto de acusar a presidenta petista de não reconhecer seus erros para logo aproveitar para dar uma receita econômica ao dizer, na maior cara de pau e falta de acuidade com a verdade ao chamar o processo de concessões públicas elaborado pelo governo petista para as rodovias, ferrovias e aeroportos de "privatizações" quando a verdade é que o estado não abriu mão de seu patrimônio, como o fez o governo entreguista, apátrida e com complexo de vira-lata do neoliberal FHC, talvez o pior presidente que o Brasil já teve, pois alienou o que ele não construiu e entregou a estrangeiros, de mão beijada, empresas riquíssimas e lucrativas, a exemplo da Vale do Rio Doce e da Telebras.
Por sua vez, qualquer pessoa que tenha um pouco de discernimento e sensatez sabe que a imprensa burguesa não vale nada, e que tudo o que ela diz, mostra e fala não deve ser levado a sério. Afinal, o cidadão receptor de informações tem de peneirar o que é dito e ouvido, bem como saber, por exemplo, que o Brasil cumpriu sua meta fiscal em 2013, o que permitiu um superávit de R$ 73 bilhões, como bem previa o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Mantega foi e é alvo de banqueiros e de economistas ligados aos bancos, que, por diversas vezes, juntamente com a velha imprensa nacional e internacional corrompida por seus interesses financeiros, pediram sua cabeça. Revistas e jornais porta-vozes de banqueiros trabalharam para que o competente economista caísse e, consequentemente, após sua queda os agentes econômicos e financeiros ficassem desconfiados e inseguros em relação aos rumos da economia no Brasil. Há coisa mais sórdida do que essa oligarquia e cartel? Respondo: Não, não há! Ponto.
O ano de 2013 realmente foi um ano dedicado ao pessimismo, por intermédio da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) e pelos economistas do PSDB e dos bancos. Para quem não lembra posso relembrar: apagão, disparada do câmbio, descontrole fiscal, das contas públicas e, incrivelmente, a aposta na elevação da inflação, cujo símbolo foi o tomate, com direito de a coxinha global, Ana Maria Braga, usar um ridículo colar de tomates para, com isso, fazer oposição ao Governo trabalhista, o que, obviamente, não vingou.
Todavia, não teve apagão, o câmbio não disparou, não houve o descontrole das contas públicas e o tomate, poucas semanas depois, ficou mais barato do que mariola em vendinha de interior. Trata-se, realmente, de uma imprensa imperialista perigosa. Que não mede conseqüências e não tem responsabilidade com a notícia e a verdade. Os barões e seus capitães do mato não têm compromisso com o Brasil e com o povo brasileiro. Ponto!
Depois de tudo isso e o fracasso das previsões dos urubus da imprensa e do mercado financeiro, o brasileiro teve de aturar ilações perversas e cínicas quanto às metas do Governo trabalhista de Dilma Rousseff terem sido atingidas. A direita, derrotada e que torce contra o Brasil, passou a considerar as metas atingidas pelo Governo do PT como "contabilidade criativa". Manipulação na veia.
Os jornalistas e "especialistas" de prateleiras da Globo News, da Globo, de O Globo, da CBN, da Band, da Folha e da Veja passaram a repetir a quase "acusação", de forma uníssona e ridícula, pois dá a entender que combinaram, a fim de falar como papagaios de piratas sempre a mesma frase: "contabilidade criativa".
A verdade é que a intenção é uma forma intelectualmente desonesta para desqualificar o Governo Dilma e, por conseguinte, dar a entender às pessoas que o Governo manipulou os números e os índices para atingir suas metas econômicas e financeiras. Vulgares e pretensiosos os militantes de direita do Partido da Imprensa, não?
Isto acontece porque seus patrões magnatas bilionários não aceitam a realidade de que os governos petistas foram muito mais competentes do que os governos dos tucanos. Além disso, esperar discernimento e sensatez de quem quer um País para poucos ou VIP é pedir de mais, não é mesmo?
Depois das metas atingidas, o que restou para os banqueiros e seus economistas e para os barões magnatas bilionários de imprensa e seus jornalistas? O inconformismo, o ódio e uma saudade imensa dos tempos da ditadura militar e do vendilhão da Pátria conhecido como FHC — o Neoliberal I. A data 31 de dezembro de 2013 é o dia que o Marinho vestiu a carapuça em sua guerra psicológica. É isso aí.
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