O clima é tenso e de desrespeito aos paranaenses
Se na década de 80, o ex-governador Alvaro Dias (PSDB) soltou a cavalaria nos professores, o atual, Beto Richa (PSDB), criminaliza servidores públicos em greve pelos seus direitos ao ameaçá-los e confrontá-los com desnecessária força coerciva
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Praças do Centro Cívico, Curitiba. Cerca de 1.000 policias a postos. O cenário é de guerra. O risco é grande. Talvez uma ameaça terrorista ou operação contra o tráfico de drogas no Paraná. Mas não é. Trata-se de um simulacro de 30 de agosto de 1988.
Se na década de 80, o ex-governador Alvaro Dias (PSDB) soltou a cavalaria nos professores, o atual, Beto Richa (PSDB), criminaliza servidores públicos em greve pelos seus direitos ao ameaçá-los e confrontá-los com desnecessária força coerciva.
No estado das contradições, onde deputado anda de camburão e polícia bate em professores, o clima é tenso e de desrespeito aos paranaenses. Nos municípios, viaturas paradas, escolas sem estrutura e servidores e postos de saúde sem remédios.
No Paraná do governador que não paga fornecedores e atrasa salários, a solução é agraciar grandes empresários e amigos pessoais, enquanto confisca o fundo previdenciário dos servidores públicos para cobrir o rombo nos cofres públicos, inacreditavelmente, efetuado em sua primeira gestão.
Em pouco mais de 4 meses, Richa completa a trilogia de erros crassos e desacato com os paranaenses: tentativa de confisco do Paranaprevidencia, deputados do camburão e, agora, o incentivo a batalha entre servidores - policiais militares contra grevistas.
O Governo do Estado parece não ter aprendido com os próprios erros. Descumpre com o compromisso firmado e avalizado pelo Tribunal de Justiça do Paraná de que encaminharia o projeto de lei que modifica o regime previdenciário dos servidores públicos após o exaurimento de diálogo.
Sem a devida conversação e contra o posicionamento do Ministério da Previdência Social, o governador, em regime de urgência, atira o projeto polêmico nas mãos de sua base aliada e se retira no sossego da residência oficial, sem ouvir as vozes das ruas.
Pois bem, se "o melhor está por vir" reproduzido por Richa representa 1 milhão de alunos sem aulas, efetivo de policias reduzidos nas cidades do interior e confisco do Paranaprevidencia, o que esperar para os próximos meses?
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