O clássico dos clássicos e um respiro ao futebol

Em tempo de caos quanto à representatividade política, resta lembrar que o futebol - uma forma de arte - imita a vida e vice-versa.    



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Escreveria sobre a final da Taça Guanabara na última sexta-feira. Para ser mais exato, discorreria sobre a decisão de Flamengo e Fluminense em travar o maior clássico brasileiro com portões fechados, em protesto à decisão do jogo acontecer com torcida única.

E sugeriria que o protesto fosse enfim a não-realização do jogo, seguindo o exemplo do Atletiba que peitou o feudalismo das federações estaduais de futebol e simplesmente não ocorreu na data prevista. 

No Rio, felizmente, a festa no estádio sobreviveu. O derby eternizado pelas crônicas de Nelson Rodrigues e seu irmão Mário Filho (que batiza o Maracanã) honrou sua história. Rubro-negros e tricolores empurraram seus times em igualdade de força nas arquibancadas, o que resultou em uma chuva de gols digna do jogo: 3 a 3 no tempo normal, Fluminense campeão nos pênaltis. 

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Vitória na batalha pelas das raízes e do futebol verdadeiramente brasileiro. A guerra foi vencida? Longe disso. Ainda vemos Brasil afora uma série arenas vazias por seus preços exorbitantes e qualidade baixa do espetáculo. O Maracanã, maior e mais importante estádio brasileiro, abandonado pela gestão responsável. 

Em Belo Horizonte, o ex-cartola e prefeito Alexandre Kalil (PHS), vetou um projeto de lei que previa 30% da carga de ingressos a preços populares em eventos esportivos na capital mineira – praça que teve seus dois maiores estádios, Mineirão o Independência, reformados para atender a Copa do Mundo de 2014, o que acarretou numa elevação no preço do ingresso aos clubes que ali mandam seus jogos. 

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Há um longo caminho a ser percorrido pela resistência e manutenção da cultura do futebol no Brasil. Quando os clubes perceberão que são os grandes protagonistas do espetáculo e os detentores do poder de ditar as regras, e não as capitanias hereditárias que são as federações estaduais? 

Em tempo de caos quanto à representatividade política, resta lembrar que o futebol - uma forma de arte - imita a vida e vice-versa.  

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