O cinismo da nora do mafioso J. Hawilla

Perguntada sobre seu famoso sogro, porém, a 'indignada' Isabella Fiorentino se calou: "Não falo sobre esse assunto"

Perguntada sobre seu famoso sogro, porém, a 'indignada' Isabella Fiorentino se calou: "Não falo sobre esse assunto"
Perguntada sobre seu famoso sogro, porém, a 'indignada' Isabella Fiorentino se calou: "Não falo sobre esse assunto" (Foto: Altamiro Borges)


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A egocêntrica Isabella Fiorentino, que apresenta o programa "Esquadrão da Moda", no SBT, não tem mesmo senso de ridículo. Nora do mafioso J. Hawilla, réu confesso nos EUA por seu envolvimento no bilionário esquema de corrupção da Fifa, ela postou na internet: "Que esse lixo de governo tome vergonha na cara e para de roubar bilhões que deveria [sic] ir para saúde e educação. Chega gente". De imediato, ela foi motivo de piada nas redes sociais pela sua hipocrisia. Mesmo assim, não caiu a ficha. Em entrevista nesta segunda-feira (5) à jornalista Mônica Bergamo, da Folha, ela ainda tentou justificar a sua mancada. "Mesmo que eu fosse madame, não poderia ser julgada", resmungou. A colunista até aliviou a barra da patética apresentadora, explorando o seu lado "humano". Magoada, ela reagiu: "Sou cidadã. Trabalho desde os 13 anos. Sempre olhei os mais fracos. Tenho todo direito de me indignar com o que está acontecendo no Brasil. Mas agora eu não posso mais falar, pessoas que são muito visadas não podem falar. Parece que eu não posso ter minha opinião sobre o governo do país em que eu vivo porque tem gente que distorce. Tive que apagar meu comentário porque fui muito agredida... Colaboro com projetos sociais e muita gente não fica sabendo. Faz parte da minha família, da minha criação, agir assim. Hoje faço mais porque eu tenho a posição de influenciar outras pessoas. E, mesmo que não fizesse nada e fosse madame, não poderia ser julgada". Perguntada sobre seu famoso sogro, porém, a 'indignada' se calou: "Não falo sobre esse assunto". Por seu convívio num mundo de muita grana e luxo, com certeza Isabella Fiorentino sabe que J. Hawilla é réu confesso nos EUA por extorsão, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Os crimes foram cometidos na intermediação de subornos para cartolas da Fifa, da CBF e outras confederações de futebol por contratos de direitos televisivos e de marketing. Ele admitiu os crimes e, para não ir para a cadeia, delatou quem recebia propinas e negociou pagar multa de quase meio bilhão de reais. O ex-presidente da CBF, o aecista José Maria Marin, foi uma das vítimas da "delação premiada" e está na prisão. Nas festanças com seu sogro, Isabella Fiorentino talvez até já tenha esbarrado no presidiário! Como figura midiática, a apresentadora do SBT também sabe que o seu sogro é dono da TV TEM - sigla de Traffic Entertainment and Marketing, que forma uma cadeia de TVs afiliadas da Rede Globo no interior de São Paulo. As emissoras de Hawilla cobrem quase metade do Estado de São Paulo: 318 municípios e 7,8 milhões de habitantes, alcançando 49% do interior paulista. A dobradinha Hawilla-Globo não para por ai. Foi também do Grupo Globo que o empresário comprou, em 2009, o Diário de São Paulo. Ele já era dono da Rede Bom Dia, de jornais em cidades da área coberta pela TV TEM. Já a produtora TV 7, que é da Traffic, faz os programas Auto Esporte e o Pequenas Empresas, Grandes Negócios, apresentados na Globo aos domingos. J. Hawilla também é sócio de Paulo Daudt Marinho, filho e herdeiro de João Roberto Marinho, na TV TEM de São José do Rio Preto (SP). Ou seja: mesmo sendo obrigado a pagar uma multa de meio bilhão de reais nos EUA, o sogro delator de Isabella Fiorentino segue como um ricaço - e está livre e solto. Ele bem que poderia ajudar as "obras assistenciais" da sua nora indignada com a corrupção no Brasil. Mas, como ela afirmou, sobre este constrangedor assunto "eu não falo". Haja cinismo! Provavelmente, a apresentadora do "Esquadrão da Moda" participará - bem vestida - da próxima marcha golpista pelo impeachment de Dilma!

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