O choro de Jair no banheiro e uma noite de quebra de sigilos e gritaria no Palácio do Alvorada
Após Lula ser proclamado o novo presidente da república, o desespero tomou conta de Jair que se trancou no banheiro aos prantos
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Após Lula ser proclamado o novo presidente da república, o desespero tomou conta de Jair que se trancou no banheiro aos prantos.
Carlinhos: Pai? Abre essa porta! Eu e o Índio estamos preocupados com você.
Jair: Sai daqui! Me deixa, porra! Preferia ter tido um filho bandido, do que continuar vendo você se beijando com esse barbudo aí dentro da minha casa.
Carlinhos: Mas eu sou bandido
Dudu: Eu também sou
Flavinho: Eu também
Jair: Mas não é tão hétero quanto o Roberto Jefferson.
Carlinhos: O senhor pegou pesado agora. Se fosse para ouvir isso, tinha planejado uma facada de verdade aquele dia
Jair: Você seria capaz de matar o seu próprio pai?
Carlinhos: E daí? Todo mundo vai morrer um dia.
Dudu: Vamos manter a calma, gente.
Michelle: Você vai ficar dentro desse banheiro chorando até quando? Sai daí! Seja homem, porra!
Jair: Cala a boca, sua vagabunda! Só não te estupro porque estou chorando no banheiro.
Michelle: O que é isso, Jair? Você me chamou de vagabunda? Quando você sair desse banheiro eu vou dar na sua cara.
Jair: Dá que eu te dou outro.
Flavinho: Calma, papai! O senhor quer um chocolate? Um suco de laranja? Um imóvel comprado com dinheiro vivo?
Jair: Não quero!
Dudu: Quer que eu ligue para o Trump, pai? Ele pode ajudar o senhor a organizar uma balbúrdia e estragar a festa dos esquerdopatas.
Jair: Não vai adiantar
Carlinhos: Quer dar uma volta de moto para espairecer?
Jair: Não quero!
Flavinho: Estou sentindo a sua respiração um pouco ofegante, papai? Está com falta de ar?
Michelle: Ele deve estar tentando descontrair imitando pessoas morrendo de covid.
Carlinhos: Não fala assim com meu pai, sua bruxa!
Michelle: Cala a boca, seu moleque! Vai brincar de índio, vai!
Jair: Não fala assim com meu filho, porra!
Dudu: Não fala assim com meu irmão
Flavinho: Melhor você sair daqui Michelle! Isso é um assunto de família.
Michelle: Já que estão todos contra mim nessa casa, eu vou me arrumar e vou sair.
Jair: Onde você vai arrumadinha a essa hora da noite, em pleno domingo? Vai se prostituir?
Michelle: Vou procurar um messias que faça milagres
Jair: Não brinca comigo, Michelle. Você sabe que eu sou favorável a tortura
Michelle: Você está me ameaçando? Vai mandar os seus amigos do condomínio fazerem comigo o mesmo que fizeram com a Marielle?
Dudu: Para de provocar o meu pai, sua oportunista. Não vê que ele já está há duas horas chorando no banheiro?
Michelle: Ah, sai pra lá bananinha! Você não tem tamanho o suficiente para me dar lição de moral
Flavinho: Essa discussão está me deixando zonzo. Acho que vou desmaiar.
Jair: Michelle? Pega uma lata de leite condensado na dispensa, pra ver se eu me acalmo um pouco.
Michelle: Depois de ter me xingado de vagabunda? Vai pedir leite condensado na casa da sua mãe.
Carlinhos: O senhor precisa sair desse isolamento. Até dezembro o senhor ainda é o presidente e a economia não pode parar. A sua tristeza a gente vê depois.
Jair: E se quebrarem o meu sigilo de 100 anos e eu for preso quando acabar o meu mandato?
Michelle: Quer que eu faça o que? Lamento, mas eu não sou carcereira.
Jair: Eu vou te fuzilar, sua traidora. Você aqui é minoria e tem que se render a maioria.
Michelle: Você tinha que ter se casado é com a Carla Zambelli. A essa altura ela já tinha derrubado a porta desse banheiro, colocado uma pistola na sua cara e mandado você enfiar a cabeça no vaso sanitário.
Jair: Quem é Carla Zambelli? Não conheço! Ela tem alguma foto comigo?
Michelle: Não se faça de sonso, Jair! Com essa cara de tarado terrível que você tem.
Flavinho: Não vamos chegar a lugar nenhum com esse bate boca. Temos que pensar numa saída do banheiro para o papai.
Dudu: Já liguei para aquele falso líder dos caminhoneiros e já combinei uma interdição das estradas em protesto contra a derrota do papai.
Carlinhos: Eu já acionei os robôs no twitter para pedir intervenção militar
Flavinho: Ótimo! Eu vou ligar para o Malafaia e para o André Valadão, e pedir para eles convocarem um jejum nacional contra a vitória do inimigo. E a Michelle vai gravar um vídeo de joelhos, chorando, falando em línguas estranhas e pedindo à Deus para anular o resultado das eleições.
Michelle: E isso vai adiantar o que, seus tontos? Deus não vai mudar o resultado de nada mesmo. E eu já estou cansada de ficar fazendo trava-línguas e decorando orações. Daqui a pouco eu viro crente de verdade.
Carlinhos: Deixa de ser estraga prazer, sua mocreia.
Michelle: Mocreia é a sua mãe.
Jair: Você não quer mais continuar fingindo que é minha esposa, Michelle?
Michelle: Eu não quero ficar perto de você.
Dudu: Eu tinha avisado que o amor dela pelo senhor era igual ao socialismo. Só duraria até quando o seu dinheiro acabasse.
Jair: Sua comunista!
Michelle: Cansei, Jair! Você só pensa merda, só fala merda, só faz merda. Se ficasse com essa boca mais fechada, a gente ia continuar morando aqui por mais 4 anos, como se fôssemos uma família feliz. Se, pelo menos, você falasse merda dia sim, dia não, dava para ter protegido o nosso meio ambiente. Você tem que comer capim para aprender.
Jair: Cala a boca!
Michelle: Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu.
Jair: Buáááá! Buáááá! Buáááá!
Michelle: Agora chora, chora...
Carlinhos: Você é uma cobra, Michelle!
Michelle: Cobra é você, seu vereadorzinho corrupto.
Carlinhos: Eu vou dar uma bofetada na sua cara
Michelle: Dá que eu te dou outra.
Jair: Acabou, porra! Me deixem morrer em paz no meu banheiro.
O telefone toca:
Michelle: Alô! Damares? A coisa está feia, amiga! Jair se trancou no banheiro e disse que só Deus tira ele de lá. Eu é que não vou esperar esse tempo todo. Fui!
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