O Brasil pós-Cunha

"Nas próximas semanas, Cunha agonizará em praça pública, até que chegue o dia definitivo de sua degola. Mas e depois? Qual será a agenda de reformas para restaurar a confiança e o dinamismo na economia brasileira? Mais do que isso: de que maneira as forças políticas poderão buscar pontos de consenso?  Haverá diálogo e pacificação ou a guerra pelo poder será mantida?", questiona Leonardo Attuch, editor do 247; "Antes da sua demissão, Levy, agora substituído por Nelson Barbosa, tinha a esperança de que o Brasil, ao chegar à beira do precipício, encontrasse energias para se reinventar. Esse sonho ainda é possível. Se 2015 foi o ano da implosão de uma velha política, 2016 poderá ser marcado por reformas tanto na política como na economia"

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sessão plenária em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante sessão plenária em Brasília. 24/11/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino (Foto: Leonardo Attuch)


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Depois de uma semana em que o Brasil perdeu definitivamente seu “grau de investimento”, seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e também viu a batalha do impeachment ser adiada para, pelo menos fevereiro, após o recesso do Judiciário e dos parlamentares, é chegada a hora de se colocar uma questão crucial: qual será a agenda em 2016 para retirar o País de uma das piores recessões de sua história?

Essa é uma reflexão que deve ser feita tanto pelo governo como pela oposição. Enquanto tantas energias foram gastas, de um lado, para se manter no poder, e, de outro, para promover o impeachment, havia um país no meio, paralisado pela guerra política. Em 2016, o elemento novo na discussão será a provável saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tanto do comando da Câmara como do próprio parlamento, quando seu pedido de afastamento vier a ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal – o que deve ocorrer antes da decisão do conselho de ética.

Se o presidente da Câmara foi a pedra no sapato do governo federal, com suas pautas-bomba, ele também acabou se transformando num estorvo para a oposição, ao contaminar o pedido de impeachment. Nas próximas semanas, Cunha agonizará em praça pública, até que chegue o dia definitivo de sua degola. Mas e depois? Qual será a agenda de reformas para restaurar a confiança e o dinamismo na economia brasileira? Mais do que isso: de que maneira as forças políticas poderão buscar pontos de consenso?  Haverá diálogo e pacificação ou a guerra pelo poder será mantida?

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Antes da sua demissão, Levy, agora substituído por Nelson Barbosa, tinha a esperança de que o Brasil, ao chegar à beira do precipício, encontrasse energias para se reinventar. Esse sonho ainda é possível. Se 2015 foi o ano da implosão de uma velha política, 2016 poderá ser marcado por reformas tanto na política como na economia.

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