O Brasil parou para ouvir Lula
"As pesquisas de opinião já sinalizam a força do ex-presidente na disputa do ano que vem e apontam um enorme desafio para o campo de esquerda e progressista do País: a construção de um caminho para a retomada do Governo do Brasil para seu povo", escreve o líder do PT na Câmara, deputado Elvino Bohn Gass
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A grandeza de Lula desmoralizou Sérgio Moro. Esse é o fato. O ex-presidente pôs abaixo a farsa montada contra ele e desnudou o caráter criminoso da Lava-Jato. Expôs o comportamento delituoso dos procuradores e seu conluio com os meios de comunicação para criar um clima de ódio contra a política e o ambiente propício para atentar contra o Estado Democrático de Direito. Foi uma trama para violar a Constituição de 1988 por meio de um golpe de Estado, interferir no processo eleitoral de 2018 para fraudá-lo e assegurar a vitória do capitão Jair Bolsonaro.
Lula, desde o dia em que saiu do Sindicato dos Metalúrgicos, no ABC, para a prisão em Curitiba, travou uma luta gigante para provar sua inocência. Neste caminho, nunca esteve sozinho. Teve a incansável companhia da Vigília Lula Livre formada por movimentos sociais e populares em frente à Polícia Federal. Contou com o apoio aguerrido da militância do PT e da esquerda em cada rincão deste país, dos intelectuais, artistas e juristas comprometidos com a democracia, de lideranças internacionais e da dedicada militância dos Comitês “Lula Livre”.
Luta por justiça- Contou em cada um dos dias de prisão arbitrária e luta por justiça com a ação dedicada e tenaz de seus advogados, Cristiano Zanin e Waleska Martins.
Preferiu não buscar asilo em alguma embaixada para exilar-se do país e escapar da perseguição política movida por seus inimigos. Tinha consigo a consciência da desigualdade de condições que deveria enfrentar para levar adiante sua luta. Sabia do profundo significado de sua prisão injusta e sem provas, especialmente diante de um governo fruto do golpe, da fraude e das mentiras propagadas pelas fake news. Armou-se da paciência histórica necessária para resistir.
Viu a Lava-Jato mobilizar-se, atropelando as leis, para descumprir o habeas corpus que determinava sua libertação, concedido pelo desembargador Rogério Favreto, em 8 de julho de 2018. Mesmo encarcerado, foi lançado candidato a presidente da República pelo PT. Foi impedido, de forma fraudulenta, de disputar as eleições daquele ano, quando as pesquisas de opinião o apontavam como favorito.
Direitos políticos de Lula - No último 8 de março, Lula e o Brasil receberam surpreendidos a decisão do ministro do STF Edson Fachin, que declarou a incompetência da 13º Vara, de Curitiba, chefiada por Sérgio Moro, para julgá-lo. Ficam, portanto, anuladas, por ilegais, todas as sentenças emitidas por aquele juízo relativas aos processos movidos contra o ex-presidente, como argumentava a defesa de Lula desde o início.
Em síntese: o ato do ministro Fachin devolve tardiamente, de forma integral, os direitos políticos do ex-presidente.
Três anos passados, Lula derrotou a quadrilha que se formou sob escuderia Lava-Jato e desmoralizou seu líder Sérgio Moro, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, para o qual atuou para eleger, tirando fraudulenta e arbitrariamente o maior líder popular do Brasil da corrida eleitoral de 2018.
Discurso de estadista - Na última quarta - feira (10), Lula retornou ao mesmo Sindicato de onde saiu para a prisão em Curitiba, para falar ao País. O Brasil parou para ouvir Lula. Daquele mesmo espaço, berço de sua militância como líder dos trabalhadores brasileiros, Lula anunciou ao País seu pleno retorno à vida política, com um discurso-entrevista que reafirma sua estatura de estadista.
Um sopro de esperança percorreu os corações do povo brasileiro e dos milhões de admiradores de Lula pelo mundo afora.
Em tempos de necropolítica, banalização da vida e culto à morte no atacado, a humanidade de Lula se impôs no cenário nacional, com repercussão positiva na mídia de todo o planeta.
As pesquisas de opinião já sinalizam a força do ex-presidente na disputa eleitoral do ano que vem e apontam um enorme desafio para o campo de esquerda e progressista do País: a construção de um caminho para a retomada do Governo do Brasil para seu povo, com desenvolvimento e justiça social, criação de empregos e renda, respeito ao meio ambiente e valorização da vida. Para que o país volte a se encontrar com seu povo.
Viva Lula!
Viva o Povo Brasileiro!
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