O Brasil do genocídio naturalizado
"Qual será o momento de explosão de revolta? Ou apenas aceitação dessa realidade", escreve o advogado Arnóbio Rocha sobre o descaso de Jair Bolsonaro com pandemia que já matou quase 90 mil pessoas no Brasil
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A pandemia foi a melhor notícia para BolsoNERO e sua trupe mambembe.
Afinal toda sua a incompetência e incapacidade para administrar o país foi apagada. Por exemplo, o abutre Guedes pode mentir falando de que o Brasil estava em pleno voo, mas a pandemia o abateu, portanto, encontrou desculpa ideal para não ser responsabilizado pelo caos.
Guedes, com apoio midiático, se aproveitou do momento terrível para aprofundar a pilhagem contra os trabalhadores, contra a população, acabando os direitos e impondo mais castigos ao Brasil, sob aplausos da mídia e conivência de Maia e Alcolumbre.
Outros medíocres, como Sales e Araújo, aprontaram nos seus lugares, impondo mais destruição da natureza e da imagem pálida do Brasil mundo afora, tudo conspira para o pior do país e de seu povo.
As quase 90 mil mortes oficiais, nesse 28.07, parecem vistas como uma mera fatalidade, e não sendo vista como de responsabilidade do governo de BolsoNERO, de mãos livres, ele continua rindo à toa, oferecendo cloroquina para Ema, entre outras presepadas.
O Auxílio Emergencial é o grande amortecedor de uma revolta, por enquanto. A proposta aprovada pelo congresso, por enorme esforço da oposição, com valor maior do que desejado por Guedes-BolsoNERO-Globo. Imediatamente a ideia foi apropriada como sendo de BolsoNERO, o pai dos pobres e virou o estabilizador do apoio ao nefasto projeto destruidor. Escondendo os trilhões dados aos banqueiros sem nenhum repasse à economia.
Depois de meses de falas tresloucadas, BolsoNERO foi convencido a ficar em silêncio, para faturar suas conquistas, e continuar a atentar contra a Democracia, sem exposição pública. Até a sua suposta contaminação é uma forma de ganho para sua imagem.
O fosso social e econômico se refletem nos ganhos dos bilionários nessa Pandemia, ao mesmo tempo em que explodiu o desemprego e a miséria, mitigada pelo Auxílio Emergencial, nunca o país esteve tão próximo da barbárie.
Os governos estaduais que cumpriram importante papel no combate ao coronavírus, na maioria cedeu às pressões, liberando o isolamento, num momento prematuro e só aumentou o número de mortos, acabarão “sócios” de BolsoNERO, nessa conta impagável.
A violência urbana, com o aumento de violações e mortes pelas ações policiais nas periferias, contra o povo preto e pobre, é mais uma marca desse período nefasto.
A reação contra toda essa situação é tímida e incerta, os partidos de oposição, divididos, buscam a luta eleitoral como preferencial no combate ao governo, uma arena importante, entretanto, cada vez mais limitada, principalmente, neste contexto de desagregação social.
As novas lutas sociais e de resistência não são captadas pela oposição, o que agrava a situação geral do Brasil, sem norte e sem rumo, dirigido por um grupo político absolutamente irresponsável e sem nenhum compromisso com a nação, menos ainda com a Democracia.
É a dura constatação de que o genocídio, as violações, a violência, as mortes, passam a ser vistas como algo natural e sem causar indignação ou uma comoção, isso em grande parte explica a apatia diante de um governo monstruoso, liderado por um néscio.
Qual será o momento de explosão de revolta? Ou apenas aceitação dessa realidade.
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