O Brasil desintegra... #ReageBrasil
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Apenas uma estatueta, um símbolo, como tantos outros. Uma mulher que conheceu de seus progenitores a realidade de um país que torturou e matou a quem resistiu à pérfida DITADURA DE 1964. Assim como eu, Petra Costa descende de uma elite ruralista; e também à guisa do corajoso Stuart Angel (filho de um norte-americano e da genial Zuzu) soube escolher o assento da igualdade.
O mundo precisa de pessoas combativas; seres humanos que rejeitem a desumanidade imposta pelo Sistema, que todos nós já sabemos ser DESIGUAL E COMBINADO. Claro que furar tal bolha (com a adaga do inconformismo) não é uma tarefa fácil. Nos casos acima citados houve desfechos diferentes, que de acordo como os personagens gerou um misto de luta,perseverança, sucesso e/ ou mesmo morte.
O preço que se paga quando há RESISTÊNCIA é muito alto. Ainda ressoa em meus ouvidos (um fato acontecido) quando iniciei minha primeira graduação na Faculdade de Humanidades Pedro II, no Rio de Janeiro - foi na aula inaugural de EPB (Estudos dos Problemas Brasileiros) o professor/general solicitou uma redação e já valendo nota; e no augusto auditório, todos acorreram a cumprir o objetivo. O tema fora “ O Brasil e seus problemas”; então, eu quase instintivamente discorri sobre o capítulo mais sangrento que eu reconhecia como um grandioso dilema nacional.
Sim, escrevi sobre o Brasil ditador, meio que veladamente, pois sabia muito bem que os tempos eram difíceis; e eu não gostaria de preocupar meus pais, por sinal, grandes conselheiros e zelosos – afinal de contas , eles quase me perderam no episódio da “Bomba do Riocentro”.
Dois dias depois, na aula da mesma disciplina (EPB) fui chamada pelo docente/militar para a entrega do texto já corrigido - me dirigi à sua mesa e fui seguida de um colega também militar; aí escutei do veterano mestre: “A senhorita escreve muito bem, mas seu texto é um tanto quanto subversivo”; meu companheiro de sala então olhou minha nota: um dez. Ele fitou os meus olhos e o do professor e afirmou categórico: relevemos professor!
Saí dali com meu texto em mãos, e suava frio; lembrava de tudo que já conhecia sobre os desaparecimentos e assassinatos relacionados à saga do celerado regime que não poupava esforços ao apenar quem pensasse ao contrário: não nego que me senti ultrajada pela fala daquele cujos os alunos haviam apelidado de “Múmia". Talvez, realmente minha desenvoltura ao escrever tenha me salvado de algum tipo de perseguição; ao longo da graduação.
Bem, o fantasma de esta fase tão espúria da história do Brasil - de uma forma ou de outra sempre assombrou a população – mesmo durante os anos de democracia – E com o advento do Golpe de 2016 - o espectro parece ter-se incorporado ( em mentes) estereotipadas por métodos antidemocráticos que nutrem uma sede de sangue; assim como os vampiros ou as sanguessugas, usurpando dos mais necessitados em benefício do mais abastados.Todos nós, artistas, professores, profissionais liberais; enfim, trabalhadores estamos sentindo o impacto vigente da pobreza caindo sobre nós!
Petra , a cineasta, que teceu com os fios da HISTÓRIA ( real) seu documentário indicado ao Oscar em 2020, possui os atributos minerais de um diamante: estabilidade e brilho ofuscante; e tais características de perfeição dos átomos de carbono, (neste caso em particular, são estáveis e perfeitas) e substancialmente necessárias para cada brasileiro que está sendo vilipendiado no palco de uma opressão (sui generis) que está desintegrando o Brasil.
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