O Black Fraude na Câmara

Que a oposição não se conforme com a derrota anunciada e lute com todas as ramas que possui junto ao STF, pra que a Justiça seja feita. Michel Temer não tem mais condições de governar nem os Jaburus do Jaburu

Que a oposição não se conforme com a derrota anunciada e lute com todas as ramas que possui junto ao STF, pra que a Justiça seja feita. Michel Temer não tem mais condições de governar nem os Jaburus do Jaburu
Que a oposição não se conforme com a derrota anunciada e lute com todas as ramas que possui junto ao STF, pra que a Justiça seja feita. Michel Temer não tem mais condições de governar nem os Jaburus do Jaburu (Foto: Ricardo Fonseca)


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Brasileiro tem mania de copiar tudo que os americanos inventam, não é? Não poderia ser  diferente com o tal do “Black Friday”, que acontece na primeira sexta feira depois do dia de Ação de Graças, o Thanksgiving como chamam por lá. Considerado um  dia muito  especial, onde  as lojas fazem grandes promoções e oferecem  descontos generosos para lotar suas fachadas e promover um clima de guerrilha para a aquisição dos produtos. Desta feita, as pessoas aproveitam  especialmente esse dia,  para comprar principalmente os presentes para o Natal, porque  ele ocorre na última sexta-feira de novembro.

Semana passada os gringos viram o primeiro “Black Fraude”, como é conhecido por aqui, só que ocorrido na Câmara Federal pós-governo Fernando Henrique Cardoso. Foi nesse clima que aconteceu a espetaculosa sessão “mega ordinária”, onde por uma maioria de 263 votos a 227,  explicitamente comprada por emedas e cargos, negou-se a autorização para que Temer fosse processado por crime de  crime de corrupção passiva pelo STF.

Segundo o regimento  interno da Câmara em seu artigo 217, diz o seguinte: 

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III - o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação será lido no expediente, publicado no Diário do Congresso Nacional, distribuído em avulsos e incluído na Ordem do Dia da sessão seguinte à de seu recebimento pela Mesa;

 IV - encerrada a discussão, será o parecer submetido a votação nominal, pelo processo de chamada dos Deputados.

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§ 1o Se, da aprovação por dois terços dos membros da Casa, resultar admitida a acusação, considerar-se-á autorizada a instauração do processo. 

§ 2o A decisão será comunicada pelo Presidente ao Supremo Tribunal Federal dentro do prazo de duas sessões.”

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Pois bem, no dia 13 de julho a CCJ rejeitou o  relatório do deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendava o prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer, por 40 votos contra 25. Confira aqui: 

 HYPERLINK "http://g1.globo.com/politica/noticia/ccj-rejeita-parecer-que-recomendava-continuidade-da-denuncia-contra-temer.ghtml" http://g1.globo.com/politica/noticia/ccj-rejeita-parecer-que-recomendava-continuidade-da-denuncia-contra-temer.ghtml

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Após essa votação, os deputados da CCJ deliberaram sobre um novo parecer, de autoria do deputado Paulo Abi-Ackel, do PSDB-MG, que recomendou ao plenário a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer. Esse parecer foi aprovado por 41 votos a 24. Veja aqui: 

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O final dessa fatídica história é conhecido por todos e está no início desse texto.  Retroagindo um pouco mais no tempo, vamos nos lembrar do senhor Ibraim Abi Ackel,  então Ministro da Justiça durante a ditadura, mas precisamente no governo João Batista Figueiredo. Ele vem a ser o progenitor do deputado Paulo Abi Ackel (relator do processo que salvou Temer), envolvido nos anos 80, num notório escândalo de contrabando de pedras preciosas pelo advogado norte-americano Charles Haynes. Confira aqui: 

 HYPERLINK "http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ibrahim-abi-ackel" http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ibrahim-abi-ackel

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Em 2008 foi acusado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais de praticar tráfico de influência ao advogar para um ex-prefeito suspeito de assassinato enquanto desempenhava a função de assessor do governador Aécio Neves. A acusação foi fundamentada em gravações telefônicas autorizadas pela Justiça a pedido do Ministério Público Estadual que revelariam que o ex-deputado teria procurado autoridades do Judiciário e das polícias mineiras para beneficiar seu cliente. Negando as acusações, Abi-Ackel pediu exoneração do cargo em agosto do mesmo ano.

Voltando para os dias atuais, conclui-se que Temer foi salvo pelo herdeiro do Ministro acusado de contrabandear pedras nos anos 80 e amigo de infância do senador intocável e campeão da Lava Jato Aécio Neves. 

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Uma pergunta não quer calar: Se Temer não tivesse liberado emendas e cargos, os nobres 263 deputados teriam salvado a sua pele? Off Course que não! 

Outra questão inquietante é por que que a oposição ou os 227 deputados que gostariam de ver Temer afastado e processado pelo Supremo Tribunal federal , se conformaram com o resultado dessa votação e não representaram em última instância por lá? 

Apesar do livramento de Temer na CCJ e no plenário, os deputados não deveriam cruzar os braços e aceitar facilmente e evidentemente procurar os seus direitos. Não existe nem um artigo no regimento interno da Câmara que vete esse direito. 

Pior do que isso é culpar os eleitores de Dilma e Lula,  pelo governo decorativo, entreguista, corrupto e dilapidador do patrimônio público e da dignidade trabalhadora, que representa a passagem destruidora do País, que é o presidento Michel Temer com maior poder da República nas mãos. 

O STF tem prerrogativas de anular o Impeachment de uma presidenta comprovadamente honesta, sem o aval do Congresso. Mas não irá fazê-lo porque foi conivente com o golpe de 2016. Para o STF é mais fácil penalizar honestos e efetivamente premiar bandidos, isso é público e notório. Do que adianta o trabalho da PGR e da PF? Nada! Diante dessa situação catastrófica, só resta ao Brasil assistir o sepultamento da operação Lava Jato, que só não terminou ainda porque não conseguiram prender Lula. 

Os brasileiros assistem atentamente o sono sorumbático do STF e sua inépcia diante de tantas injustiças cometidas principalmente por Sérgio Moro, Rodrigo Janot, entre outros da Justiça federal.  O país vive um estado de exceção sem precedentes, onde se premia corruptores e prende-se covardemente as suas vítimas. 

Não adianta fazer grandes reformas na política e na Justiça, se não houver renovação  em  seus quadros. É o mesmo que “chover no molhado.” 

O mais inquietante dessa fatídica votação que livrou Michel Temer de responder pelos crimes denunciados pela  PGR no STF é a sua cara-de-pau de comprar os deputados com bilhões que serviriam para saúde, educação, etc. 

Esse Black Fraude é um escárnio para a Justiça federal, que deveria anular os votos SIM, dos parlamentares que receberam emendas pelo menos nos três últimos meses desse ano.

O nexo causal para a intervenção do STF dentre outras coisas , está nessa votação ridícula do último dia 02, onde mais do que comprovado até nas imagens do deputado/ministro Imbassahy com um livrinho de presenças  - compradas - até na hora da votação. 

Resta ao País aguardar a delação de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, que prometem derrubar de vez o pior governo da história desse País. 

Que a oposição não se conforme com a derrota anunciada e lute com todas as ramas que possuí junto ao STF, pra que a Justiça seja feita.  Michel Temer não tem mais condições de governar nem os Jaburus do Jaburu. 

Precisamos acreditar nas instituições brasileiras, mesmo naquelas que dormem de dia e nos assombram de noite. Será que se Teori ( que Deus o tenha)  tivesse vivo,  Temer não já teria caído há muito tempo? Quanta falta ele faz para a sociedade! 

Quanto tempo o País aguentará essa crise horrorosa sendo governado por um impostor, cuja a missão é destruí-lo para se tornar colônia dos EUA?

Que Deus nos proteja e tire o STF do coma induzido.  Porque a Câmara salvou  o morto que estava com a barriga aberta cheia de fezes, costurando-o a duras centenas de milhares  de reais e, os tornando zumbi ou morto-vivo como queiram, mais  decorativo e menos respeitado da terra. E que essa liquidação fora de época da Câmara não termine de liquidar o País. 

#ForaTemer #DiretasJá

Ricardo Fonseca é Publicitário, Jornalista, Editor do Propagando, Colunista do Brasil 247 e Divulgador das causas midiáticas.

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