O bem que nos faz Pondé
O texto de Pondé é de uma estultice tão colossal, de um machismo tão grosseiro, que me vem a paranoia de que a mídia está se fingindo de burra apenas para que a gente baixe a guarda
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(originalmente publicado no Cafezinho)
Este último artigo de Pondé é do tipo que nos lava a alma, mas num sentido inverso do usual.
Às vezes somos tão duros conosco, com nossos amigos, com nossos representes políticos.
Aí ler uma tolice tão gloriosamente monumental nos dá um certo alívio. Porque vemos que, se ainda temos um longo caminho a percorrer, para sermos mais ágeis, inteligentes, generosos, ao menos não somos completamente sacripantas como alguns de nossos adversários na direita.
Por outro lado, esse texto de Pondé é de uma estultice tão colossal, de um machismo tão grosseiro, que me vem a paranoia de que a mídia está se fingindo de burra apenas para que a gente baixe a guarda.
Há outro risco. O texto é tão bobo que, se não tomarmos cuidado, passaremos o resto do ano rindo, deixando em segundo plano as análises políticas mais sérias.
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