Novo ataque da mídia corporativa a Lula mostra que ela se tornou linha auxiliar do gabinete do ódio
“Enquanto Jair Bolsonaro segue firme em seu projeto de destruição nacional, a imprensa comercial retoma seu esporte predileto: atacar o ex-presidente Lula”, diz o jornalista Leonardo Attuch
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O Brasil talvez seja um caso perdido. No momento em que vozes relativamente sensatas da sociedade começam a se dar conta de que foram intoxicadas pelo ambiente de ódio e de mentiras disseminado nos últimos anos contra um determinado campo político e que, por isso mesmo, acabaram apoiando o golpe de estado de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff e a prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a imprensa conservadora retoma seu esporte predileto: atacar Lula.
É exatamente isso o que está ocorrendo em vários veículos da chamada mídia corporativa nas últimas horas, a partir de uma frase dita por Lula em entrevista ao jornalista Mino Carta, editor da Carta Capital. “Ainda bem que a natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado coronavírus, porque esse monstro está permitindo que os cegos enxerguem que apenas o estado pode dar solução a determinadas crises”, disse Lula.
Qualquer pessoa alfabetizada é capaz de compreender o sentido desta frase. Foi o necessário que surgisse uma pandemia para que a humanidade começasse a enxergar o desastre neoliberal e corrigisse seu curso. Mas, não. Na imprensa que patrocinou e ainda patrocina o golpe, Lula comemora o vírus como se celebrasse as milhares de mortes que estão ocorrendo no Brasil, que é o único país do mundo sem ministro da Saúde, por falta de governo.
Os ataques que têm sido feitos pela imprensa corporativa, aquela que se diz portadora do “jornalismo profissional”, a Lula em nada se diferem das baixarias que são disparadas pelo chamado gabinete do ódio comandado pelo clã Bolsonaro. E o curioso é que um dos alvos deste mesmo gabinete é a mídia tradicional, que vem sendo suplantada pela indústria de mentiras construída nas redes sociais nos últimos anos. No entanto, quando se trata de defender os interesses do grande capital e das oligarquias, os barões da mídia são exatamente iguais aos delinquentes da internet.
Quem ganha com isso? Jair Bolsonaro, que segue firme em seu projeto de destruição nacional, no momento em que o Brasil precisaria de unidade das forças democráticas para se reconstruir a partir de um novo pacto nacional. Mas onde estão as forças democráticas? Certamente não estão nos grupos que dizem oferecer à sociedade o chamado “jornalismo profissional.”
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