Nomes do Rio no governo de Lula criam resgate civilizatório

"Houve um retorno à visão inclusiva de se somar forças entre os entes federados para diagnosticar e solucionar os enormes problemas do País", diz Ricardo Bruno

Eduardo  Paes, Lula e Otto Alencar
Eduardo Paes, Lula e Otto Alencar (Foto: Reprodução/YouTube/Lula)


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A presença do presidente Lula na inauguração de um moderno centro municipal de saúde, em Benfica, Zona Norte, ilustra à perfeição os novos ares do ambiente político nacional. Obra de Eduardo Paes, o equipamento foi aberto ao público em ato que contou também com a participação do governador Cláudio Castro e da ministra da saúde, a carioca Nísia Trindade. A placa foi descerrada entre sorrisos e meneios de aprovação, numa cena de forte simbolismo sugerindo a unidade das forças políticas em torno da solução dos problemas que afligem à população. Esqueceram-se os partidos, a peleja eleitoral, as preferências ideológicas, em favor dos interesses da sociedade. Esse congraçamento democrático tornou-se raro nos últimos anos, mas voltou – com a vitória de Lula e o restabelecimento de relações políticas civilizatórias.

O resultado das eleições presidenciais expressou não só a troca de nomes no comando do país, mas, sobretudo, a mudança na forma de se administrar; a concepção de poder. Houve um retorno à visão inclusiva de se somar forças entre os entes federados para diagnosticar e solucionar os enormes problemas do País.

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Pela complexidade social de seu território, pelo tamanho, pela herança de questões do tempo em que fora capital federal, o Rio depende desta concertação do bem para superar suas graves deficiências.

E há inúmeras razões para se acumular esperança. A representatividade de cariocas e fluminenses na equipe do presidente Lula é um dos fatores a nos mostrar atenção e proximidade do governo central.

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Nas últimas décadas, nunca houve tantos representantes do Rio em postos-chaves da administração federal. Há ministros, secretários-gerais, presidentes de estatais, diretores de autarquias e outros importantes nomes em cargos estratégicos. Diferentemente do governo anterior, o Rio não foi sub-representado, tampouco reduzido em seu peso político. Ao contrário, seus quadros foram prontamente convocados para a nada fácil tarefa de reconstruir o país, sob a batuta de Lula, o maior líder popular da história contemporânea brasileira.

Na Saúde, a ministra Nísia Trindade recupera seriedade à administração da pasta – antes ultrajada pelo despreparo e pela omissão criminosa de seus titulares. Egressa dos quadros da Fiocruz, Nísia simboliza, em essência, a devolução do ministério à ciência. Sua figura é a antítese perfeita do experimentalismo beócio dos vermífugos e cloroquinas, prescritos por médicos e generais sabujos. A simples presença da pesquisadora de reputação internacional é um gritante contraste com a tolice pretérita que presidia as decisões na Saúde “pazuella”.

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Formado em Direito pela PUC, o botafoguense Jean Paul Prates renova as esperanças de o Rio ser mais bem tratado pela Petrobras – a maior e mais simbólica estatal brasileira. Nos últimos anos, a empresa tem tido uma relação abusiva com o estado. Retira daqui mais de 80% de suas riquezas mas, quando pode, judicializa e negaceia compromissos, num comportamento reprovável próximo à madrasta impiedosa.

A retomada da indústria naval, prometida por Lula e reiterada por Jean Paul, já nos reconforta e permite voltar a sonhar com maior sinergia entre a mastodôntica estatal e a ainda frágil economia fluminense, pois dependente do petróleo e dos royalties. Hoje, a Petrobras realiza no Rio apenas 25% de suas transações comerciais. Qualquer acréscimo neste intercâmbio será suficiente para ativar enormemente nossa economia.

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Liderança de extração nitidamente popular, Daniela Carneiro, esposa do prefeito Waguinho, é a Baixada Fluminense no ministério. Incorpora ao time de Lula os predicados da política-raiz, da relação direta, sem mediação, com os bolsões de pobreza. Evangélica, mulher, moradora de região simbólica no estado, sua presença no Ministério do Turismo derruba preconceitos e amplia a força da equipe presidencial para muito além das fronteiras da esquerda ortodoxa.

Ao juntar Daniela e Freixo para cuidarem do Turismo, Lula mostra sensibilidade política e confirma a capacidade de não se pautar por conceitos (ou preconceitos) extraídos dos manuais de posturas politicamente corretas, tão caro à esquerda “zonal sul”. Essa miscigenação ideológica garante personalidade única à equipe presidencial; dá-lhe traços e semblantes populares, na acepção primária do termo. E faz a mistura perfeita de nossa gente, um blend antropológico do povo brasileiro.

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Para fazer o meio-campo entre o governo federal e os estados e municípios, Lula recrutou o talento de André Ceciliano – um dos políticos mais habilidosos da atual safra de homens públicos no estado. Conhecido por sua extrema capacidade de diálogo, Ceciliano leva para a Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República, órgão vinculado ao Ministério das Relações Institucionais, jeito afável no trato pessoal e obstinação imoderada na busca de resultados – sempre pela política. Negociar à exaustão resume a forma “ceciliana” de atuar.

A equipe de Lula tem, em boa medida, DNA carioca. Incorpora valores e visões de mundo da nossa gente. Nos aproxima do poder e das decisões que vão impactar a vida de todos.

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