No Brasil, a punição imposta pela Mídia gera autocensura e martiriza Zé Dirceu

Pode ter havido qualquer que seja o argumento para adiar a decisão sobre o pedido de indulto natalino do ex-ministro, mas o inconsciente da autocensura temendo retaliações dos grandes veículos certamente fez até o ministro de plantão recuar e aceder ao medo de linchamento

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu após assinar na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal o termo que autoriza a cumprir prisão no regime aberto (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu após assinar na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal o termo que autoriza a cumprir prisão no regime aberto (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Foto: Walter Santos)


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O ano de 2016 começa com muitas especulações ao sabor do freguês num País tomado de interesses dos mais diferentes níveis a afetar fortemente os caminhos e postura de diversos setores, ou seja, até envolvendo parte da Justiça, do Ministério Público Federal e da PF agindo sob a guilhotina da Grande Mídia, que condena e/ou absolve metendo medo em muita gente. Este é o contexto apropriado para entender por que acovardados setores judicantes do País tratam a condenação do ex-ministro José Dirceu com abusos, que só a História será capaz de refazer tamanhos estragos.

O alvo foi alcançado, demolido, quase morto, senão pela valentia pessoal do ex-ministro de conviver com abusos de todas as ordens, a partir de quem deveria fazer justiça, mas se submete ao ditames da Grande Midia – esta com Poderes impositivos superiores a fazer "a cabeça" de muita gente neste País, produzindo como consequência uma verdadeira caça às bruxas inimaginável anteriormente pela origem da ideologia envolvida.

A REALIDADE E A IMPOSIÇÃO DA MIDIA

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Zé Dirceu fez protocolar antes do Natal, através de seus advogados, novo pedido de benefício advindo de medida adotada pela Presidência da República – o famoso Indulto Natalino, que mais uma vez lhe foi negado no tempo hábil e até submetido a vexame público pelo próprio STF ao editar nota em seu Site tratando o cidadão brasileiro de forma desrespeitosa para uma Corte que precisa respeitar a Cidadania.

Ficou para depois do recesso o que, não fosse o nome e, sobretudo a História do personagem em tela, tudo teria sido resolvido antes do Natal sem alardes.

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Pode ter havido qualquer que seja o argumento, mas o inconsciente da autocensura temendo retaliações dos grandes veículos certamente fez até o Ministro de Plantão recuar e aceder ao medo de linchamento.

E, neste caso, mais uma vez quem perdeu mesmo foi um preso por excessos da Justiça brasileira.

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REMEMORANDO O QUE PARA MUITOS POUCO IMPORTA

Zé Dirceu foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal acusado de ter sido o chefe do Mensalão sem uma única prova apresentada, nem pelo Ministério Público Federal (Procurador Roberto Gurgel) nem pelo presidente relator do processo, Joaquim Barbosa.

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Ambos, em seus relatórios lidos no Pleno do STF chegaram a declarar claramente que inexistiam provas contra o ex-Ministro. Mesmo assim, pediam a condenação sob argumento de uma tese do "Dominio de Fato", seria impossível admitir que ele nada soubesse.

A intuição absurdamente valeu pela prova porque o Tribunal se submeteu à condenação imposta pela Midia.

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AGORA NO CASO LAVA JATO

O juiz Sérgio Moro promoveu o que os setores conservadores à Direita exigiam: fazer novo ato de prisão de Zé Dirceu, agora em Curitiba, sob argumento de que ele estava envolvido no famoso Caso pelo fato de ter trabalhado e prestado consultoria a algumas empresas citadas na Lavajato.

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A Defesa do ex-ministro não se cansa de mostrar e reapresentar documentos provando que os serviços contratados foram prestados e declarados em Imposto de Renda, mas isso pouco importa à quem está a serviço de outra ordem juridica.

SE NÃO FOSSE ISSO...

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O ódio não tem permitido a serenidade no Brasil, sobretudo do levante intelectual e político de setores advindos de São Paulo – base principal de um sentimento de intolerância inaceitável para um País democrático porque tem regras, e as eleições são uma delas, com vistas a reparar o que for possível à base do voto, mas no tempo certo.

Mas, sem argumentos comprovados à altura da realidade, esta manipulada pelos veículos de comunicação, esses setores preferem a radicalidade que beira ao fascismo – semente do mal sociológico que não podemos permitir entre nós.

Precisamos ser tolerantes para valer, porque não somos Republiqueta de Banana.

Afirmando tudo isso com dados é fácil compreender que a Direita internacional acertou o alvo ao tirar Zé Dirceu do páreo porque, não fosse toda essa grande articulação internacional, de fato no lugar de Dilma Rousseff quem estaria sentado e produzindo as mais fortes reformas no Continente era exatamente quem foi alijado pela Super-estrutura.

No mais, é acompanhar e aguardar que a Justiça seja feita.

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