Ninguém quer mudar o mundo
Ninguém quer mudar o mundo daquela maneira romântica que a maioria dos jovens tinha: Imagine all the people, living life in Peace. Mesmo que parecesse utopia, e era utopia, mas a sociedade sem sonhadores é uma sociedade sem futuro

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Sentar em uma cadeira universitária depois dos cinquenta pode ser a realização de um sonho, mas também pode ser um pesadelo o fato de estar sentado ao lado de uma juventude em sua maioria de direita, liberal e almejando cargo público e, o mais preocupante, que não tem interesse em mudar o mundo.
Dentro da sala o ar meritocrático fundamenta a tese do ‘farinha pouca meu pirão primeiro’, só que a realidade não se curva à expectativa e, o mérito pessoal, a liderança competente exercida pelo mais dotado se manifesta no egoísmo em forma bruta.
As contradições são evidentes, o aluno conservador defende o Estado mínimo, mas quer se formar para trabalhar para o Estado, quer ser um ‘parasita’, segundo a definição do ministro Paulo Guedes sobre o funcionário público.
Ninguém quer mudar o mundo daquela maneira romântica que a maioria dos jovens tinha: Imagine all the people, living life in Peace. Mesmo que parecesse utopia, e era utopia, mas a sociedade sem sonhadores é uma sociedade sem futuro.
Isso não é saudosismo, mas reminiscências de uma época onde a consciência crítica e a luta estavam presentes nos discursos e ações de uma juventude esperta, sadia e libertária, que queria a esperança de óculos e um filho de cuca legal e plantar e colher com a mão a pimenta e o sal.
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