Ninguém conquista o poder quebrando tudo
"A audácia do plano indica que não agiam sós. Tinham costas quentes. Ou ao menos achavam que tinham", escreve Alex Solnik sobre os terroristas bolsonaristas
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Por Alex Solnik
Agora estou começando a entender aquelas cenas patéticas de bolsonaristas rezando em volta de um pneu, marchando feito exército de Brancaleone, tentando comunicação com extraterrestres e outras bizarrices.
Era para a gente pensar o que de fato pensávamos. São loucos. Delirantes. Napoleões de hospício. Mas inofensivos. Aposentados. Tiozões. Dignos de pena ou de memes. Incapazes de partir para as últimas consequências.
Há um mês, no dia da diplomação de Lula, tiraram a pele de cordeiros: queimaram ônibus, aterrorizaram. Eram lobos.
Esperaram até 8 de janeiro para a grande ofensiva. O punch. A conquista do poder.
Os que estavam acampados em frente ao QG do Exército e os que vieram nos ônibus tinham dois objetivos explícitos ao atacar os edifícios do STF, da Presidência e do Congresso Nacional: 1) derrubar Lula e 2) derrubar a democracia.
A audácia do plano indica que não agiam sós. Tinham costas quentes. Ou ao menos achavam que tinham.
Foram às últimas consequências porque alguém lhes assegurou que teriam apoio. Que ficariam impunes. Que chegariam ao poder.
Mas se esqueceram de um detalhe: ninguém conquista o poder quebrando tudo. Conquista, isto sim, um lugar na cadeia.
Escolheram errado seu super-herói. Ou seu Jim Jones.
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