Nem o exemplo trágico de Milão inibe campanha genocida de Bolsonaro
Nem a autocrítica do prefeito Giuseppe Sala, de Milão, uma das mais importantes cidades italianas, ao estímulo de seu governo à campanha #MilãoNãoPara, lançada em fevereiro e que contribuiu para as 4.400 mortes registradas até agora na chamada capital da moda, foi suficiente para deter a cavalgada genocida do presidente brasileiro.
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Repito aqui o que já escrevi várias vezes: entre os 7 bilhões e 600 milhões de habitantes do planeta Terra, dificilmente encontraremos um ser humano tão desprovido de virtudes como Bolsonaro. Até alguns meliantes de alta periculosidade são capazes, vez por outra, de gestos generosos e solidários. Bolsonaro não.
Nem a autocrítica do prefeito Giuseppe Sala, de Milão, uma das mais importantes cidades italianas, ao estímulo de seu governo à campanha #MilãoNãoPara, lançada em fevereiro e que contribuiu para as 4.400 mortes registradas até agora na chamada capital da moda, foi suficiente para deter a cavalgada genocida do presidente brasileiro.
Sua campanha institucional “O Brasil não pode parar”, que custou R$ 4,8 milhões ao erário, é uma das peças de propaganda mais abjetas e repugnantes produzidas por um governante ao logo da história do Brasil. Afrontando todas as recomendações médicas baseadas em dados científicos e insofismáveis, a campanha bolsonarista conclama as pessoas a voltarem ao trabalho.
Para o demente que ostenta a faixa presidencial, não importa o fato de praticamente todos os países do mundo atingidos pela pandemia também terem adotado o isolamento social; não importa se a Organização Mundial de Saúde recomende expressamente a quarentena e tampouco importa o pico de novos casos e óbitos registrado no Brasil, nesta quinta-feira (26).
E a matilha bolsonarista já dá o ar da graça, com notícias de carreatas de apoio em Maringá (PR), terra natal de Sérgio Moro, e em Posto Alegre. No Rio, Crivella, na certa imaginando que o apoio de Bolsonaro à sua campanha pela reeleição poderá salvá-lo da ira popular, autorizou a abertura de casas de material de construção e lojas de conveniência em postos de gasolina. O governador Witzel, no entanto, promete desautorizá-lo e manter todo o comércio fechado. Em Santa Catarina, o governador Carlos Moisés, do PSL, também mandou abrir o comércio.
Todos pagarão, no entanto, um alto preço por atentarem contra a vida do povo brasileiro. Serão acusados, com justa razão, de contribuição para a morte de milhares de pessoas.
É que logo a realidade será esfregada em suas fuças, pois nos próximos 30 dias há um consenso entre todos os especialistas de que a pandemia crescerá de forma avassaladora, com o aumento exponencial do número de novos casos, pacientes graves e falecimentos. Neste ciclo de expansão, dizem os estudiosos, é impossível conter o avanço do coronavírus.
Os resultados positivos da atual quarentena só serão sentidos mais à frente. É importante destacar que grande parte dos casos da Covid-19 que está surgindo agora tem acometido pessoas que se infectaram antes do confinamento. Ao fim de um período de incubação de algo em torno de 14 dias, a doença se manifestou.
Pela saúde e pela vida, fique em casa
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