Nem golpe, nem impeachment
"Barrar André Mendonça ao STF e sentar em cima de projetos de interesse do governo está ao alcance dos senadores", diz o jornalista Alex Solnik. "Lira, com o centrão, e Aras, com sua subserviência escandalosa, podem impedir o impeachment, mas não as decisões do Senado"
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Por Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia
Agora é pra valer. Não se trata mais de posar para fotos. Nem fazer promessas vãs. O acordo que está sendo articulado pela cúpula do Legislativo e do Judiciário, em conversas com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, explicitado, ontem, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (cada vez com mais cara de presidenciável) é muito simples e claro: Bolsonaro para de ameaçar com golpe e as instituições param de ameaçar com impeachment.
Dirão alguns, com razão: Bolsonaro não é confiável e não cumpre o que promete. Entendo que Pacheco e Fux sabem disso melhor do que nós. Mas têm cartas na manga.
Se Bolsonaro continuar com arroubos antidemocráticos, como o questionamento da urna eletrônica, o Senado tem como enquadrá-lo. E dificultar sua vida. Sem apelar para o bate-boca.
Barrar André Mendonça ao STF e sentar em cima de projetos de interesse do governo está ao alcance dos senadores.
Lira, com o centrão, e Aras, com sua subserviência escandalosa, podem impedir o impeachment, mas não as decisões do Senado.
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