Nasce um estadista
"Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández", escreve o jornalista Alex Solnik sobre o novo presidente argentino. "Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista"
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia
A Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández.
Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista.
Não escondeu em momento algum que a situação é periclitante, tanto para o governo - que faliu - quanto para a população – que faz passeatas pedindo comida.
Mas o importante é que ele tem um remédio: promete pagar a dívida ao FMI somente depois que a economia crescer.
Todo o esforço será dirigido a acabar com a fome dos argentinos, o que lembra o fome zero de Lula.
Em mensagem aos mais abonados, informou que eles não serão a prioridade do governo e sim os que nada têm, os que não conseguem chegar ao fim do mês e pediu compreensão e solidariedade.
Foi aplaudido calorosamente e de pé pelas mulheres ao dizer que estará junto com elas na linha de frente nas suas principais reivindicações. Disse que é dever do estado reduzir a violência conta elas.
Pregou o diálogo em vários momentos, prometeu “unir a mesa familiar” que anda dividida e bem hostil, tal como no Brasil.
“Basta de perseguir a quem pensa ou se expressa de outro modo”.
“Temos que aprender a escutar”.
Intitulou-se, desde já, “o presidente do diálogo” disposto a ouvir a todos, não só àqueles que o elegeram ou apoiaram.
Não respondeu a nenhuma provocação de Bolsonaro e adiantou que, seja quem for o governante, seus planos em relação ao Brasil são “ambiciosos”.
Prometeu não só apoiar a diversidade, mas combater e punir as discriminações de todos os tipos, seja no campo dos costumes ou da política.
Falou em universalizar a educação infantil, em incentivar a ciência e a tecnologia, em cumprir as metas do Acordo do Clima.
E disse uma coisa que eu nunca tinha ouvido de nenhum presidente no dia da posse: “se eu desviar do meu rumo, vão à rua e me cobrem para que eu retorne ao caminho correto”.
Encerrou à la Winston Churchill: “Vamos nos erguer e começar de novo nossa marcha”.
O imenso auditório levantou-se para aplaudi-lo.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popularAssine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247