Nasce um estadista

"Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández", escreve o jornalista Alex Solnik sobre o novo presidente argentino. "Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista"

Argentina's President Alberto Fernandez holds the symbolic leader's staff, next to new Vice President Cristina Fernandez de Kirchner, after he was sworn in as Argentina's next president, in Buenos Aires, Argentina December 10, 2019. REUTERS/Agustin Marcarian
Argentina's President Alberto Fernandez holds the symbolic leader's staff, next to new Vice President Cristina Fernandez de Kirchner, after he was sworn in as Argentina's next president, in Buenos Aires, Argentina December 10, 2019. REUTERS/Agustin Marcarian (Foto: AGUSTIN MARCARIAN)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia 

A Argentina está quebrada, metade da população não tem onde cair morta, mas hoje, estranhamente, uma multidão agita bandeiras, canta e dança em frente à Casa Rosada, festejando a chegada de um novo inquilino: Alberto Fernández.

continua após o anúncio

Pela pequena amostra que deu em seu discurso de posse, não há dúvida: nasce um estadista.

Não escondeu em momento algum que a situação é periclitante, tanto para o governo - que faliu - quanto para a população – que faz passeatas pedindo comida.

continua após o anúncio

Mas o importante é que ele tem um remédio: promete pagar a dívida ao FMI somente depois que a economia crescer.

Todo o esforço será dirigido a acabar com a fome dos argentinos, o que lembra o fome zero de Lula.

continua após o anúncio

Em mensagem aos mais abonados, informou que eles não serão a prioridade do governo e sim os que nada têm, os que não conseguem chegar ao fim do mês e pediu compreensão e solidariedade.     

Foi aplaudido calorosamente e de pé pelas mulheres ao dizer que estará junto com elas na linha de frente nas suas principais reivindicações. Disse que é dever do estado reduzir a violência conta elas.

continua após o anúncio

Pregou o diálogo em vários momentos, prometeu “unir a mesa familiar” que anda dividida e bem hostil, tal como no Brasil.

“Basta de perseguir a quem pensa ou se expressa de outro modo”.

continua após o anúncio

“Temos que aprender a escutar”.

Intitulou-se, desde já, “o presidente do diálogo” disposto a ouvir a todos, não só àqueles que o elegeram ou apoiaram.

continua após o anúncio

Não respondeu a nenhuma provocação de Bolsonaro e adiantou que, seja quem for o governante, seus planos em relação ao Brasil são “ambiciosos”.

Prometeu não só apoiar a diversidade, mas combater e punir as discriminações de todos os tipos, seja no campo dos costumes ou da política.

continua após o anúncio

Falou em universalizar a educação infantil, em incentivar a ciência e a tecnologia, em cumprir as metas do Acordo do Clima. 

E disse uma coisa que eu nunca tinha ouvido de nenhum presidente no dia da posse: “se eu desviar do meu rumo, vão à rua e me cobrem para que eu retorne ao caminho correto”.

Encerrou à la Winston Churchill: “Vamos nos erguer e começar de novo nossa marcha”.   

O imenso auditório levantou-se para aplaudi-lo.     

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247