Nas ruas, defender Lula contra o fascismo jurídico e midiático!

"Os setores democráticos do Brasil, e não somente o PT, devem desencadear uma vigorosa contra-ofensiva ao fascismo de setores do Judiciário, do MP e da PF, e que é irresponsavelmente naturalizado pela mídia hegemônica", diz o colunista Jeferson Miola; "É nas ruas que deve ser feita uma vigorosa resposta à manipulação e ao fascismo jurídico-midiático para defender Lula"; segundo ele, "quando o fanatismo odioso e estigmatizador domina as consciências jurídicas e democráticas, a sociedade corre o sério risco de descambar para regimes totalitários"

18/03/2016- São Paulo- SP, Brasil- Ex-presidente Lula, durante ato em defesa da democracia, na avenida Paulista. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
18/03/2016- São Paulo- SP, Brasil- Ex-presidente Lula, durante ato em defesa da democracia, na avenida Paulista. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula (Foto: Jeferson Miola)


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É aterrador o ataque dos procuradores-inquisidores ao ex-presidente Lula. Os acusadores fabricam acusações, mas cometem o erro crucial: não apresentam uma única prova contra Lula, só empregam uma verborragia histérica e ideológica contra ele.

Até Reinaldo Azevedo reconhece: “Eles cometeram um erro primário. Nem um infiltrado de Lula na Força Tarefa seria capaz de idéia tão brilhante para colaborar com Lula”.

A fabulação dos pregadores do Ministério Público traz em si um questionamento: como pode alguém remunerado nababescamente pelo povo formular delírios que, apesar de mirabolantes, ainda assim agendam o noticiário dominante? A resposta é simples: este é um tempo de cólera fascista, um tempo de brutal ataque à democracia.

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Os inquisidores abasteceram a bandeja de uma mídia fascista com o condimento ideal para a disseminação do ódio e da intolerância contra Lula e o PT. A estratégia de estigmatização para extirpar Lula e o PT entrou na sua etapa derradeira.

Esta estratégia ficou desnuda. Depois de completarem a farsa doimpeachment para o golpe contra Dilma, era preciso encerrar a Lava Jato para preservar os donos do poder que tomaram de assalto o Palácio do Planalto com Michel Temer, Cunha, Jucá, Padilha e Aécio.

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Se os democratas do Brasil se amedrontarem diante desta brutal ofensiva dos fascistas do MP, da PF e do Judiciário, não estarão somente legitimando o assassinato do Estado de Direito, mas estarão silenciando ante o esmagamento da esquerda e do campo democrático e popular. É imperativo, por isso, uma vigorosa contra-ofensiva a este fascismo jurídico e midiático.

Na falta de substância para a acusação, os pregadores fanáticos abusaram do uso de uma retórica adjetiva. Os inquisidores defendem que a propina na Petrobrás – que foi aperfeiçoada no governo do FHC e continuou beneficiando o PMDB, PP, PTB, DEM, PSDB durante os governos petistas por conta de um sistema político podre – foi de R$ 6,2 bilhões.

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E afirmam que Lula, supostamente, teria sido beneficiado com  R$ 3,7 milhões, ou 0,0597% daquele volume roubado pelos partidos que sustentam o governo golpista de Michel Temer.

O incrível disso é que, para construir esse raciocínio, os justiceiros se apóiam nas delações de Sérgio Machado, Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Fernando Baiano e outros que incriminam claramente os integrantes do governo golpista, mas nunca citaram Lula.

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Ora, como Lula poderia ser o “comandante máximo”, o “grande general”, o “regente”, o “maestro”, o “vértice da pirâmide”, o “líder máximo”, o “dirigente central” de um esquema bilionário de corrupção no qual seus inimigos se beneficiaram com 99,94% da corrupção que ele, supostamente, teria se beneficiado com 0,0597%?

É evidente que a acusação não passa de um delírio acusatório; mera obsessão patológica para atingir Lula e, assim, encerrar a Lava Jato sem incriminar os verdadeiros bandidos, que pertencem ao establishmentdominante.

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Os inquisidores construíram uma fabulação ardilosa. Maquinam que uma “propinocracia”, suposto “regime” baseado em propinas, foi criado por Lula para garantir a “perpetuação criminosa do poder” mediante uma “governabilidade corrompida”, através de propinas que permitiram o “enriquecimento ilícito” dos integrantes de tal regime fantasioso.

Quanto delírio!

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O problema, contudo, não é o delírio, mas os efeitos práticos da obsessão patológica e delirante contra o PT. À continuação, eles defenderão que esse regime de “propinocracia” é sustentado por uma organização criminosa, e que esta organização criminosa é precisamente o PT! O passo seguinte, portanto, deverá ser a extinção do PT.

O ataque a Lula e ao PT não é apenas uma violência contra uma parcela da sociedade brasileira, mas é um ataque mortal à democracia e ao Estado de Direito. A democracia e a Constituição do Brasil encontram-se seriamente ameaçadas pela obsessão doentia de procuradores obcecados e cegos pela fé, e não pela razão e pela Lei.

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Quando o fanatismo odioso e estigmatizador domina as consciências jurídicas e democráticas, a sociedade corre o sério risco de descambar para regimes totalitários. O nazismo, por exemplo, se plasmou na Alemanha dos anos 1920/1930, apoiado em dogmas desse tipo.

É necessário asfixiar a serpente do mal na origem. Para o bem da democracia, é fundamental que a Lava Jato seja aberta ao escrutínio de juristas e de instituições independentes. Os investigadores da Lava Jato – que se constituíram em agentes totalitários que além de investiga, acusar e julgam – perderam a isenção e a confiança para seguir conduzindo a Operação.

Os setores democráticos do Brasil, e não somente o PT, devem desencadear uma vigorosa contra-ofensiva ao fascismo de setores do Judiciário, do MP e da PF, e que é irresponsavelmente naturalizado pela mídia hegemônica.

É nas ruas que deve ser feita uma vigorosa resposta à manipulação e ao fascismo jurídico-midiático para defender Lula.

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