Não vão cassar o homem da mala de Temer?

(Foto: Alex Solnik)


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   As imagens são constrangedoras. Vemos um homem que acaba de sair de uma pizzaria. Caminha a passos largos, quase correndo, olha para os lados, desconfiado, como um ladrão. Arrasta a mala de rodinhas até um táxi estacionado a poucos metros. Coloca a mala no porta-malas e embarca apressadamente. Desaparece na noite de São Paulo.

   O homem é o deputado Rodrigo Rocha Loures. A mala contém 500 mil reais. A cena acontece alguns dias depois de o fornecedor dessa dinheirama, Joesley Batista ter se reunido com o presidente da República, Michel Temer.

   Não foi uma reunião formal. Joesley chegou às 11 da noite de um domingo, identificou-se como “Rodrigo” na portaria e foi recebido no porão do Palácio do Jaburu.

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   Dentre os temas tratados na conversa, gravada clandestinamente pelo visitante, todos infames, ele perguntou com quem deveria tratar de assuntos da sua empresa, a JBS, para não o incomodar a toda hora. Temer respondeu: “Rocha Loures”.  

   Para completar o enredo, um dos funcionários graduados de Joesley, chamado Ricardo Saud, contou que a mala com 500 mil reais era a primeira parcela de um mega suborno de 480 milhões, a ser pago em 20 anos, em troca da solução de um problema no CADE, acertado entre a JBS e Temer. “A aposentadoria de Temer”, disse ele.

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   Rocha Loures foi afastado da Câmara dos Deputados pelo ministro Edson Facchin, do STF, mas até agora nenhum deputado se lembrou de entrar com um pedido de cassação.

   A mesa diretora, ou seja, o presidente Rodrigo Maia, ou seja, Temer, porque Maia faz tudo o que Temer mandar, foi mais bondoso ainda com ele: vai continuar recebendo seu salário de mais de 30 mil reais por mês, auxílio-moradia e plano de saúde.

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   É o que se pode chamar de uma corrupção premiada.  

 

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