Não tenho lágrimas para uma seleção covarde, que apoia um genocida

Minhas lágrimas caem todos os dias, por mortos da família, amigos, conhecidos e desconhecidos. Não tenho uma gota para chorar por uma pátria de chuteiras que afunda num gramado encharcado de sangue.



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Torcer, torcer não torci, mas não fiquei nada descontente com a vitória da Argentina. Há tempos que meu coração ficou frio (salve, Cartola, o único) com a seleção brasileira. Acho que começou esfriar lá pela década de 90 quando fomos campeões com aquele infortúnio do Baggio chutando o pênalti para o céu. Ali já não era o futebol que eu gostava. Mas a coisa foi ficando pior e piorou de vez quando aquele que se senta na cadeira de presidente começou a usar a imagem da seleção.

 

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Sim, e teve ainda na campanha do golpe, o uso indiscriminado da camisa amarelinha. E eles amarelaram para o estado de direito e colocaram o inominável no poder.

 

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Então, no sábado, 10 de julho de 2021, perdemos para a Argentina. Muita gente torceu contra os “amarelinhos” e justificadamente, pois a chamada Cova América foi perdida antes de começar, quando a anunciaram em plena pandemia. Foi perdida porquê o povo não está para festa num velório constante.

 

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Eu, vi um filme e depois fiquei sabendo do resultado. Gostei.  Não venham com a patriotada de que sou obrigado a torcer por esta seleção. Me obrigo, sim, a chorar os mais 530 mil mortos pelo descaso deste governo que patrocina torneios de futebol e mortes. Assim, simultaneamente. O lucro pode ser de imagem, usando uma camisa de clube de futebol ou negociando vacinas.

 

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Pois é jogaram e perderam feio. Desde o que se senta na cadeira de presidente (este só faz gol contra o povo), jogadores que não tiveram a coragem da rebelião (covardes, como bem o disse Casagrande), e aqueles que se juntaram a estes.

 

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Jogaram em cima dos mais de 530 mil túmulos. Um jogo assim só poderia dar no que deu, derrota das mais feias. Mais horrível do que os 7×1. Pois a escalação foi de alguns contra 530 mil mortos.

 

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Minhas lágrimas caem todos os dias, por mortos da família, amigos, conhecidos e desconhecidos. Não tenho uma gota para chorar por uma pátria de chuteiras que afunda num gramado encharcado de sangue.

 

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O amigo, grande cantor e compositor Carlinhos Vergueiro, diz na música “Mina”, sua e de J. Petrolino: Meu destino tá escrito / Botei no correio / É melhor perder bonito/ Do que ganhar feio / Meu silêncio é um grito / Vence tiroteio / Você quis o infinito / Nem chegou no meio.  O Brasil da extrema direita joga feio, tomara que perca feio sempre. Se ganhar, não será com minhas lágrimas e meu grito de emoção, pois será sempre uma vitória da retranca covarde.

 

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