Não queremos os vira-latas no poder

É preciso impedir que o golpe seja consumado pelos entreguistas travestidos de oposicionistas, os quais, cumprindo orientação externa, querem o retrocesso, que o Brasil volte à condição de colônia, abrindo mão de todas as suas conquistas

O senador Aécio Neves
O senador Aécio Neves (Foto: Ribamar Fonseca)


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A revista "Época, de propriedade da maior incentivadora do golpe – a Globo – confirmou, em sua última edição, o que muita gente já suspeitava: os Estados Unidos estariam por trás da Operação Lava-Jato e do processo de impeachment da presidenta Dilma Roussef. As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar a partir da revelação de Edward Snowden, de que o governo americano, através da sua Agência Nacional de Segurança (NSA), há tempos vem espionando a Petrobrás e outros setores do governo brasileiro, além da própria Presidenta da República. A revelação, como se recorda, provocou um estremecimento nas relações Brasil-EUA, mas as informações coletadas nos grampos teriam servido para a montagem do plano de derrubada do governo petista, junto com o banimento de Lula da vida pública, incluindo no pacote a abertura do pré-sal para os grupos estrangeiros, com a consequente privatização da Petrobrás, e o desmonte da Odebrecht, que ousou tornar-se multinacional e ocupar espaços antes dominados pelas empresas americanas.

O governo norte-americano estaria pretendendo repetir 1964, mas como sabe ser praticamente impossível hoje executar o plano com a participação dos militares, considerando a ausência de clima propício, nacional e mundial, a uma intervenção militar, teria optado pela utilização de mecanismos aparentemente democráticos, usando como cúmplices a oposição, a mídia e a Operação Lava-Jato, que vem sendo abastecida de informações pela NSA. Nada aconteceu por acaso, como querem fazer crer alguns investigadores. As investigações que culminaram com a criação da Operação Lava-Jato tiveram início em 2006, justamente com base nas informações dos americanos, não havendo uma explicação convincente para ser instalada no Paraná, reduto do juiz Sergio Moro. E a partir daí, usando com os presos métodos que ferem os direitos humanos, conforme denúncias dos seus advogados – o que deveria ser investigado e questionado pela OAB que, por seu silêncio, se tornou conivente – o magistrado conseguiu as delações premiadas que estão servindo para novas prisões e, também, para manter a operação em evidência. E o plano contra o Brasil prossegue o seu curso.

Na verdade, desde o governo Lula, que tornou o Brasil realmente independente da dominação americana, o governo dos Estados Unidos estaria trabalhando nas sombras, usando inclusive a sua tecnologia, para apear o petismo do poder e bani-lo do cenário político brasileiro, por considerar os governantes petistas prejudiciais aos seus interesses. O motivo é muito simples: o Brasil, a partir do governo do ex-torneiro mecânico, começou a emergir no contexto internacional como uma grande potência, fundando o BRICS junto com a Russia, a Índia, a China e a África do Sul e passando a dividir, de igual para igual, a liderança do continente americano com os Estados Unidos. Além do destaque conquistado pelo país na área política mundial, surgindo como peça importante no equilíbrio de forças com sua presença no novo bloco – o BRICS – as empresas brasileiras também começaram a expandir-se internacionalmente, tornando-se multinacionais e conquistando obras em diversos países. Isso também incomodou Tio Sam, que mirou principalmente na Odebrecht, a empresa brasileira que mais cresceu no exterior.

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Ao mesmo tempo, o governo da grande nação do Norte cresceu a cobiça pelo nosso petróleo, sobretudo depois da descoberta do pré-sal, e vislumbrou na privatização da Petrobrás, a mais importante estatal brasileira e uma das gigantes mundiais na exploração do petróleo, um grande passo para botar a mão em nosso ouro negro, que começa a escassear em suas terras. Antes mesmo do pré-sal, no entanto, teve início o processo de desnacionalização do nosso setor petrolífero, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, para entregar nossa riqueza natural aos grandes grupos econômicos estrangeiros. O primeiro passo, dado por FHC, foi a quebra do monopólio do petróleo, seguindo-se o fatiamento da estatal e até a tentativa de mudança do seu nome para facilitar a sua privatização. Não satisfeito em vender a Vale, entregando ao comprador as riquezas do sub-solo brasileiro, no maior crime de lesa-pátria cometido até então, FHC ainda queria entregar ao capital internacional a empresa-símbolo de nossa brasilidade. Ele devia responder pelo crime de alta traição ao país.

Com a oposição, liderada pelo senador Aécio Neves, iniciando, após a derrota nas eleições de 2014, as ações que geraram as crises em que o país se debate, o plano foi fortalecido pela Operação Lava-Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro, que promoveu um festival de prisões entre políticos ligados ao governo e executivos das maiores empreiteiras nacionais. Sob o pretexto de combater a corrupção, a Lava-Jato foi gradativamente mostrando a sua face político-partidária, elegendo o ex-presidente Lula como o seu principal alvo. E acabou escancarando seus objetivos não apenas com os vazamentos seletivos mas, principalmente, com a divulgação dos grampos ilegais envolvendo a Presidenta da República e o líder petista. O Brasil foi, então, praticamente engessado, com as empresas investigadas fazendo demissões em massa e interrompendo, inclusive, um projeto estratégico para o país: a construção de um submarino nuclear para a nossa Marinha de Guerra, destinado ao patrulhamento da costa, especialmente na área do pré-sal. Os sinais de desagrado do Tio Sam, com o crescimento do Brasil, foram ficando mais visíveis, os últimos deles revelados, talvez inadvertidamente, pela revista "Época".

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O mais importante jornal americano, o "The New York Times", em extensa reportagem publicada nesta segunda-feira com uma enorme foto da presidenta Dilma Roussef em sua primeira página, assinada pelo jornalista Simon Romero, deixa escapar, numa frase, o que deve estar no inconsciente do país vizinho: "A dupla ameaça de um colapso político e econômico devastou as ambições mundiais da maior nação latino-americana". É precisamente o que eles esperam, que o Brasil fracasse em sua trajetória como grande potência no concerto das nações, contando para isso com a atuação de maus brasileiros na mídia, no Legislativo e no Judiciário, além dos conhecidos vira-latas, como o ex-presidente FHC, que defendeu uma tese segundo a qual os países subdesenvolvidos só conseguirão desenvolver-se atrelados às grandes nações, como os Estados Unidos.

Os brasileiros que amam este país, portanto, não podem deixar que esse plano seja bem sucedido. É preciso impedir que o golpe seja consumado pelos entreguistas travestidos de oposicionistas, os quais, cumprindo orientação externa, querem o retrocesso, que o Brasil volte à condição de colônia, abrindo mão de todas as suas conquistas Não podemos deixar o país nas mãos desses vira-latas.

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