Não há aquecimento global

Há mãos humanas na temperatura global?

(Foto: Marcelo Albuquerque)


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"Não existe este negócio de aquecimento global". Você ouviu, de seu mesmo vizinho de bairro que já disse que não há eficácia em vacinas, não há urna eletrônica confiável, não há matemática estatística e mais um bocado de não há.

Novidade não foi, não é. Negacionismo climático, belo termo, Lula o pronunciou ao mundo inteiro em discurso de estadista recentemente. Não é o oposto de positivismo, bem poderia, bater de frente contra o conceito tacanho de uma ordem positivista que seria uma ordem tão somente a quem a relate taxativa e oficial. A sua ordem, o seu jeito, seus valores, não os meus, não os da fração social mais vulnerável, sob constante risco econômico, físico até mesmo. Uma pretensa ordem, um ordenamento de um sistema elitista.

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Positivismo, portanto, diferenciado à positividade. Negativismo sim mais relativo à negatividade.

Então se nega. Eu nego. A bandeira da Paraíba é fabulosa, chama a atenção, "Eu nego", frase sucinta e pragmática, inquestionável, implacável, porém muito pessoal, algo egoísta, uma negativa temporal de determinado apoio político-partidário. Nego não tem acento agudo, verbo negar. Não é o nego pejorativo, de negro, que também acento não possui, não há o circunflexo.

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Negar às vezes importa. Você nega o neofascismo, nega o racismo, a intolerância. Eu os nego. Ótimo, negar barbaridades nos faz humanistas.

Hoje mesmo muita gente mundo afora, cidades inteiras, ao norte da Rússia e países vizinhos, negam e até se ofendem quando vem à baila o tema aquecimento global. Alguns menos também no Canadá. Ambos países significantemente beneficiados localmente, entre aspas o benefício, considerando-se uma situação bem regional e, de fato, geograficamente muito localizada.

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Com uns poucos graus centígrados de aumento da temperatura terrestre média anual, o resultado são extensões imensas de terras não agricultáveis passarem à plenamente agricultáveis, produtivas, promissoras, fontes de trabalho e de renda, de produção de promissores alimentos ao restante do mundo.

Devido às camadas insistentes de puro gelo atuais, uma crosta isolante entre o solo e a atmosfera, tais regiões não agricultáveis através de décadas, séculos talvez, tais regiões congeladas passariam a exibir seu rico solo de matéria orgânica acumulada por gerações, uma fabulosa terra agricultável desimpedida devido ao ligeiro aquecimento, ao descongelamento superficial. Hoje mesmo tais regiões já se encontram neste processo de gradual descongelamento superficial sazonal do solo.

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Imaginem a extensão gigantesca, em linha horizontal no globo terrestre, de países tais quais Rússia e Canadá. O Canadá, junto com o vizinho ao Sul, os EUA, dentre os países mais extensos do mundo, largos por assim dizer, considerando-se uma linha horizontal Leste/Oeste ou vice-versa.

O aumento da temperatura média global em tais latitudes, pois, beneficiará alguns, mas arruinará as vidas da grande maioria dos terráqueos. Latitudes as linhas imaginárias paralelas à linha do Equador nossa conhecida. Para nunca esquecer, lembremos o Japão lá distante, lá longe, a região mais distante ao Brasil, longe, em outra longitude.

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Latitudes os Polos, Polo Norte e o Polo Sul aqui próximo à Patagônia nossa vizinha. Longitudes aquilo que apontamos com o dedo quando o deixamos deslizar acima da linha do Equador em um globo terrestre tridimensional educativo. Onde o nosso dedo parar correndo a linha do Equador, após isto, subindo ou descendo o globo tem-se as longitudes do Hemisfério Norte, acima, ou Sul, abaixo da linha do Equador.

Estudos ditam que, também certas regiões oceânicas, com a alteração climática, passariam a serem mais piscosas, ou menos. Cardumes imensos em água salgada movendo-se, em permanente deslocamento, em busca de águas mais quentes, tal comportamento ao menos para a grande maioria das espécies de peixes e fauna oceânica em geral, também mamíferos, répteis, moluscos e tantos outros.

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Os humanos, transeuntes que passam por grandes cidades, megalópoles, ou mesmo cidades menores em contextos bem específicos, tais transeuntes sensíveis e observadores por certo notam o clima ao redor. Clima a sucessão do tempo diário, temperatura ou precipitações cotidianas. Provavelmente notam que as cidades de pouca área verde, de muito concreto, edifícios, de muito asfalto negro, muita emissão de gases dos escapamentos veiculares, tais transeuntes que visitem uma megalópole e tenham olhos de ver certamente notam a alteração microclimática, um fenômeno localizado.

Microclima. Pode ser a sala de sua casa, cujas faces das paredes externas estão sujeitas ao sol mais forte das tardes. Pode ser a sua cidade de interior, cujo prefeito decidiu, lunático, abolir qualquer árvore por ser traumatizado com a perda do filho jovial em acidente decorrente de um eucalipto infanticida corroído por cupins.

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Quem anda pela cidade de São Paulo facilmente associa o conceito de microclima. Sim, temperatura e umidade alteradas nitidamente por efeito humano, por ação humana. Temperatura a oscilar fortemente entre ruas arborizadas ou não, muito concreto e asfalto ou não.

Desconsiderando-se totalmente o aumento da temperatura em si, seja local ou global, em associação a este fenômeno está, em grande maioria dos casos, a emissão à atmosfera de poluentes pesados, altamente tóxicos, capazes de eliminar a vida no planeta Terra. Queima de combustíveis fósseis, tais quais derivados de petróleo e o carvão mineral. Também o carvão vegetal polui, também as queimadas de vegetação, e não é pouca coisa.

Somente um dos drásticos poluentes, o monóxido de carbono, está entre os compostos mais letais do planeta Terra. Sim, o gás que abunda em cidades grandes, o gás que fumantes teimosos inalam em dose adicional diariamente por uma combustão celulósica alterada esporádica.

Não há coisa boa advinda de tanta carga poluidora, não só a carga gasosa, outros poluentes sólidos ou líquidos que podem vir a gerar gases, e não somente as origens artificiais, as naturais há. O gás metano dos processos de decomposição orgânica, dos quatro estômagos dos bovinos, também de outros animais ruminantes, também os gases provenientes de lixões espalhados mundo afora, tantas e tantas coisas mais a macular gradativamente a atmosfera do planeta Terra.

Negar o aquecimento global, macroclimático, soa desumano. Negar a ciência. Vale sempre a coerência, não negar a ciência, mas aceitá-la e compreendê-la, estudá-la. Ocorre que astrônomos se veem escanteados nesta discussão crucial e contemporânea, a maioria deles e delas parece associar a alteração em médias de temperaturas anuais globais ao efeito de nosso astro fecundador, o sol do sistema de planetas que inclui a Terra, sol nossa única estrela, suas colossais ondas de magnetismo e indizível energia e radiações cósmicas.

Dizem tais cientistas eruditos, matemáticos, físicos, que o efeito humano sobre o aquecimento médio anual do planeta não se compara ao efeito colossal das ondas de radiação solar cíclicas que atravessam esta fração do universo nossa conhecida. Ondas cíclicas, cronológicas, maiores e menores intensidades, perdidas ao longo de eras gigantescas em uma escala de tempo quase inalcançável ao homem, uma medição de tempo em termos universais quase absurdos em sua imensidão.

O que tenderá a acontecer com quem negue algo que aparentemente é benéfico a toda a humanidade? Alguém que descubra que comer salada de alfaces não é bom ao organismo humano pois a folhosa guarda em seus tecidos um tal ácido infinitesimal altamente carcinogênico que nunca, jamais, descobriu-se ou comprovou-se anteriormente. Exemplo hipotético meio besta.

Casos de câncer seriam então erroneamente associados aos agrotóxicos aplicados junto ao cultivo das plantas de alface no campo, mas um único cientista isolado, ousado e corajoso, diz poder provar que a incidência oncológica dos consumidores de alface se dê por tal traço mínimo específico de um ácido orgânico tal de dificílimo diagnóstico laboratorial. Qual provável destino deste cientista revelador em aparente contradição ao bem e à estabilidade da humanidade, o belo e saudável consumo diário de hortaliças frescas?

Negar a astronomia é desconsiderar uma das ciências mais complexas e instigantes jamais desvendadas pelos humanos habitantes deste nosso planeta azulado. Infeliz e a lastimar está hoje a escanteada ciência astronômica em toda esta discussão climática global.

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