Não é Haddad ou Bolsonaro; é democracia ou ditadura
O colunista do 247 Alex Solnik compara a disputa presidencial a uma corrida de Formula 1, onde o "carro" do candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, já está em segundo, com 13%, empatado com Ciro"; "Todos os deuses da política indicam que na próxima volta (ou pesquisa) o petista vai deixar Ciro para trás. E mais adiante vai ultrapassar Bolsonaro", ressalta; para ele, "a decisão das urnas não será entre Haddad ou Bolsonaro e sim entre ditadura ou democracia"
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Numa corrida de Fórmula 1, como a Globo já mostrou n vezes, quando um carro atropela a poucos metros da linha de chegada é impossível impedir a sua vitória. A não ser que acabe a gasolina ou fure um pneu. Faltam três semanas para a eleição. Na pista desde o dia 11, o carro de Haddad já está em segundo, com 13%, empatado com Ciro. Haddad em velocidade acelerada e Ciro devagar quase parando. Todos os deuses da política indicam que na próxima volta (ou pesquisa) o petista vai deixar Ciro para trás. E mais adiante vai ultrapassar Bolsonaro, que só lidera porque não deixaram Lula largar.
Haddad avança de forma consistente com base na votação potencial de Lula, que chegou a 39% e em razão do novo contexto político. Essa eleição é diferente de todas as sete anteriores desde a redemocratização. Em todas elas todos os candidatos eram democratas. Dessa vez, há um candidato da ditadura militar. E com chance de vencer.
A decisão das urnas não será entre Haddad ou Bolsonaro e sim entre ditadura ou democracia.
Como está claro que o candidato da democracia é Haddad deverão votar nele não só os petistas, não só os que iam votar em Lula, mas todos aqueles que não querem a volta da ditadura militar. E que é a grande maioria.
A Globo vai tentar secar o tanque e furar os pneus do carro de Haddad. Faz parte da sua natureza. O interrogatório dos inquisidores William Bonner e Renata Vasconcelos foi uma pequena amostra. Mas ela já é a grande derrotada dessa eleição. Apesar de demonizar Lula mais do que nunca, não consegue impedir seus milhões de telespectadores de votarem nele ou em quem ele indicar. Mesmo preso. É fantástico.
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