Não é chegada a hora de voltar ao ensino presencial nas universidades!
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A maior universidade pública federal do país deu o alerta para a disparada dos casos de Covid-19 e de Influenza A na cidade do Rio de Janeiro e sua reitoria recomendou com presteza que o conjunto das suas atividades retornem à modalidade remota. Com isso, na contracorrente da política de morte patrocinada há três ininterruptos anos pelo governo Bolsonaro, a UFRJ dá um exemplo que deveria ser seguido pelo conjunto das instituições públicas (e, por que não dizer, privadas também) de ensino.
Creio, porém, que já passamos da hora de nos anteciparmos em relação aos riscos que vêm assumindo aceleradamente a feição de antessala de desastres anunciados por trombetas apocalípticas.
Até meu filho Enrico, com seus cinco anos de idade (e ainda não vacinado em virtude da estupidez direcionada politicamente do serviçal Queiroga!), sabia que, na sequência das reuniões familiares do Natal e das aglomerações públicas de pessoas que olhavam pra cima a fim de verem a explosão dos fogos de artifício na virada do ano, haveria uma nova onda pandêmica, potencializada pela variante Ômicron e pelo vírus H3N2.
Pois bem, o mesmo Enrico sabe que, ainda que cancelado o carnaval de rua em cidades como Rio, São Paulo, Salvador, Recife e Olinda, uma parcela da juventude se reunirá para confraternizações (em espaços privados ou não) durante os meses de janeiro e fevereiro, levando aos quatro cantos suas respectivas cargas virais.
Será que aguardaremos que a situação fuja do controle novamente para tomarmos a decisão de adiar o retorno ao ensino presencial em meio ao verão (e suas festas)?
Será que esperaremos a segunda semana de aula para contarmos os atestados de professores, estudantes e técnicos-administrativos contaminados por uma miríade de vírus que não param de circular pelo país e que (como todos sabem, com a exceção dos negacionistas) são letais?
Há quase 510 anos, um gênio fiorentino escreveu que a virtù são as barreiras e diques que devem ser erguidos com o intuito de conter os rios que ora encontram-se calmos e ora rebelam-se impetuosamente arrastando casas e alagando planícies – a fortuna.
Como a Covid-19 já se mostrou muito “afortunada”, que tal colocarmos em prática os ensinamentos de Maquiavel e, “virtuosamente”, tomarmos a decisão de permanecer com as atividades remotas por mais um semestre?
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