Mudam os métodos, mas as Alianças para o mal sempre tentarão tocar o terror
"A criação de 'alianças' para o mal, sempre irão perseguir os que ameacem os seus interesses. O que na verdade deixam transparecer, com as atitudes desesperadas, porém, é o isolamento de um presidente que não consegue colocar de pé a sua 'Aliança Pelo Brasil'", escreve a jornalista Denise Assis
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Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia
Os assassinatos de reputação, tal como foi feito pelo senhor Hans River – atitude referendada pelo presidente Jair Bolsonaro – contra a jornalista Patrícia Campos Mello, e agora contra a também jornalista Vera Magalhães, pelo exército de bolsominions, são os equivalentes, nos tempos sombrios, aos grupelhos linha dura que tentavam impedir a distensão do regime ditatorial, pelos idos de 1975, 1976.
Como fazia o “Grupo Secreto” integrado, dentre outros, por um tal coronel Borba, (que na época redigia panfletos contra o general Golbery do Couto e Silva) por estar, juntamente com o ditador Geisel, anunciando uma “abertura”, - ainda que “lenta e gradual” – os bolsominions tentam barrar as denúncias contra o “mito’.
Naquela época, a ideia foi importada da Argentina, onde o “Triple A” tocava o terror, matando milhares de opositores. No Brasil, o grupo que a reproduziu em imagem e semelhança, adotou o título de “Aliança Anticomunista Brasileira” – lembra alguma coisa? A AAB espalhou o pânico pelo Rio, atirando bombas e promovendo ações tais como o sequestro do bispo do município de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), Dom Adriano Hipólito.
Em 19 de agosto uma bomba explodiu na Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 27 de agosto foi a vez da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), onde o presidente começava a ouvir vítimas de tortura da ditadura, como foi o caso de Inês Etienne Romeu. Em 15 de novembro o jornal alternativo “Opinião” sofreu um atentado. Mudaram as técnicas – hoje se utilizam de robôs, fake news e mensagens pelo watsApp -, mas o princípio é o de atemorizar.
A criação de “Alianças” para o mal, sempre irão perseguir os que ameacem os seus interesses. O que na verdade deixam transparecer, com as atitudes desesperadas, porém, é o isolamento de um presidente que não consegue colocar de pé a sua “Aliança Pelo Brasil”, tampouco dialogar com o Congresso e caminha, ele sim, para ser um governo fake, num “parlamentarismo branco”. Alguém tem que tocar a lojinha, não?
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