Mourão joga Exército contra o povo
Mourão, com sua proposta antipopular, antinacionalista, sobretudo, autoritária, amplamente, repudiada pela população, evidencia que o programa de governo de Bolsonaro somente seria implementado, rifando a democracia, para dar lugar à ditadura
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Terrorismo político
O general Mourão, com seus posicionamentos, claramente, contra trabalhadores e servidores, além da misoginia escancarada contra negros, índios e latino-americanos, os quais chamou de mulambada, mancha a imagem do exército brasileiro como aliado do povo, em nome do qual seus comandantes dizem agir em respeito às leis e às instituições democráticas.
Condenar o décimo terceiro salário e o pagamento de um terço das férias, como determina legislação brasileira, representa terrorismo político que potencializa guerra econômica, social e política, ao retirar direitos e conquistas dos trabalhadores.
O general vice de Bolsonaro escancarou sua propensão ditatorial ao admitir realizar essas alterações nas instituições democráticas a partir de nova Constituição votada não pelo povo, mas por elite que reverberaria os interesses sociais num falso novo pacto político nacional ao largo da democracia.
Concretamente, trata-se de atentado às regras democráticas.
Rompe-se com a Constituição de 1988, o que significaria militarização inconstitucional.
Tal posição contra-institucional aprofundaria instabilidade política e explosão de clima de confronto social aberto.
Juristocracia ditatorial
Quem faria a nova Constituição imaginada pelo general Mourão, para substituir a vontade soberana do povo, expressa nas constituições democráticas?
Certamente, a juristocracia esclarecida, que participou do golpe político institucional, que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, a partir da contestação da vitória democrática na eleição de 2014, pelos golpistas, articuladores, a partir de então, do impeachment sem crime de responsabilidade para justifica-lo.
A essa juristocracia, sócia no golpe parlamentar, jurídico e midiático, recorreria o general para fazer as mudanças constitucionais, ao largo da vontade popular, para romper pacto político inscrito na Constituição de 1988?
Seria ou não proposição politicamente terrorista?
Representaria ou não outra sabotagem, depois da que os golpistas implementaram, contestando regras democráticas, para apressar o impeachment dilmista e lançar o país na violenta crise econômica que produziu queda de 9% do PIB, em 2015 e 2016?
Montaram, mediante sabotagem política e econômica, a narrativa segundo a qual Dilma, com antecipação de recursos orçamentários, para atender programas sociais distributivos de renda, descumpriu Lei de Responsabilidade Fiscal, justificando o impeachment.
Mutatis mutantis, o general Mourão monta, agora, outra armadilha para bombardear direitos e conquistas sociais, como supressão do pagamento do décimo terceiro salário e 1/3 das férias, bem da estabilidade dos servidores, para justificar austeridade fiscal neoliberal.
Mourão é a face radical da direita disposta, com Bolsonaro, aprofundar o neoliberalismo econômico de Temer, o ilegítimo.
O terrorismo econômico e político de Mourão, portanto, amplia o fosso entre o povo e os militares.
Ele é o representante da tropa na chapa do capitão Bolsonaro, cujo programa de governo é, essencialmente, ameaça concreta à estabilidade política e à soberania nacional.
Mourão, com sua proposta antipopular, antinacionalista, sobretudo, autoritária, amplamente, repudiada pela população, evidencia que o programa de governo de Bolsonaro somente seria implementado, rifando a democracia, para dar lugar à ditadura.
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