Mourão banca o "civilizado", mas seu governo é bárbaro, golpista, entreguista e incompetente

General, Febraban e Fiesp não são marcos civilizatórios e muito menos podem ser considerados órgãos privados democráticos, porque nunca foram

Hamilton Mourão
Hamilton Mourão (Foto: Reprodução)


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O general Hamilton Mourão é vice-presidente da República e desprezado, literalmente, de forma humilhante pelo incendiário e celerado Jair Bolsonaro e seus filhos apopléticos, que tratam o Brasil e os trabalhadores como se fossem de quinta categoria, pois fazem da República uma republiqueta das bananas.

O milico interessado em política, mas não em guerra, sempre foi porta-voz da extrema direita militar. Participava ativamente, a partir do Clube Militar, de conspirações e ataques à ordem estabelecida pela Constituição, quando não parava de atacar Dilma Rousseff, a presidente constitucional e reeleita legitimamente pelo povo brasileiro, bem como forçou a barra contra Lula e pressionou, juntamente com o general Villas Bôas, para que o líder das esquerdas fosse injustamente encarcerado e afastado do certame eleitoral de 2018, quando liderava as pesquisas.

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Esse era o método despótico e a estratégia golpista para realizar o combate político, sendo que jamais o Mourão propôs o debate político no campo das ideias, como também fez seu parceiro de chapa, Jair Bolsonaro, que fugiu dos debates como o diabo foge da cruz, sendo que depois comprou um juiz mequetrefe e criminoso, que virou ministro da Justiça e hoje está em seu país amado, os EUA, a fingir que trabalha, mas que na verdade se autoexilou para não ter que enfrentar àqueles que ele prejudicou. Marreco covarde, digamos assim...

E o ex-capitão de atos insanos e ações desditosas fez o convite para compor chapa por ser o general Mourão naquele momento da história um intrépido aventureiro, tal qual o Bolsonaro, além de surfar nas ondas do reacionarismo e do retrocesso ao perceber que, enfim, a milicada que adora mordomias e sonha eternamente em ser rica, sem, contudo, controlar os meios de produção, o que é simplesmente surreal, poderia de fato tomar o poder para si e aparelhá-lo com cerca de oito mil militares em cargos civis, como acontece hoje. Isto que é raspar a rapa do tacho ou deitar e rolar. O resto é brincadeira de amador.

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Oportunistas e extremamente ambiciosos, os generais vislumbraram a oportunidade de novamente retornar ao poder central após 30 anos sem poder interferir no processo democrático e macular o estado democrático de direito. Uma verdadeira tortura para os generais brasileiros acostumados desde o Império a encher o saco da Nação e a bancar os "tutores" de um sistema complexo que esses militares não tem a mínima compreensão e entendimento, que é a multifacetada e diversificada sociedade brasileira, com suas incontáveis demandas e necessidades.

Agora, lá vem o Mourão a falar bobagens, a pensar que faz parte da classe abastada dos ricos e muito ricos por ser general da reserva e vice-presidente da República, quando a verdade é que tal general não passa de um servidor público que usou farda e prestou concurso para ser alguém na vida, como o fizeram milhões de brasileiros no decorrer das décadas.

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Mourão disse a seguinte pérola sobre o empresariado brasileiro golpista, explorador e de índole escravocrata em um nonsense a perder de vista: "A Febraban, que vai mais a Fiesp aí, que estão liderando esse movimento, são daquelas que eu considero pilar da nossa civilização, são entidades da sociedade civil com representatividade e que consequentemente têm que sempre fazer valer as pessoas que foram eleitas por eles, né, o pensamento deles, as necessidades para que haja uma harmonia maior”.

O general está a falar do manifesto de autoria das duas entidades patronais publicado nos jornalões dos magnatas bilionários de imprensa deste País, e desejam que haja um equilíbrio entre os Três Poderes, quando a verdade esses deveriam fazer um mea culpa quando apoiaram um golpe de estado em 2016 e depois apostaram na prisão de Lula, porque sempre estiveram na vanguarda do retrocesso com muita concentração de renda e riqueza, além da quebra das garantias constitucionais e dos direitos conquistados pelo povo brasileiro no decorrer de 150 anos.

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Quando o general golpista e de extrema direita se finge de moderado, coisa que ele não é e nunca foi, é porque este País entrou em processo de degeneração política que só irá melhorar um pouco quando essa gente que formou o consórcio de direita e golpista, a exemplo do MPF, Justiça, PF e Forças Armadas, além das Polícias Militares, voltarem para seus quadrados, exercerem suas funções constitucionais e parar de fazer política indevidamente, a afrontar o Estado de Direito e a Constituição.

General, Febraban e Fiesp não são marcos civilizatórios e muito menos podem ser considerados órgãos privados democráticos, porque nunca foram. Pelo contrário, sempre estiveram à frente de golpes de estado, financiaram as repressões da ditadura de 1964 e apoiaram sem a mínima vergonha na cara o golpe contra Dilma Rousseff e a prisão injusta de Lula, propiciada pelos canalhas formadores de quadrilha da Lava Jato.

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Se o posicionamento da Febraban e da Fiesp causaram transtornos e desconfortos ao desgoverno fascista e imensamente incompetente como demonstram todos os números sociais e econômicos que esmagam o dia a dia da vida brasileira, ora bolas, que se dane! E por quê? Porque é briga da direita contra a direita e por isso o desgoverno de um presidente apelidado de Bozo retirou a Caixa e o BB das fileiras da Febraban, como se isso fosse modificar a situação de penúria humilhante pela qual passa o povo brasileiro, que está a sentir fome porque não tem emprego.

O general Mourão é um inconsequente, pois viveu toda a vida na redoma dos quartéis, sem ter a mínima ideia do que são as condições de vida real da população, bem como se tem noção sobre o assunto, evidentemente, não se importa, pois militares brasileiros não estão nem aí para nada, a não ser com suas vidas e com as vantagens, benefícios e privilégios que tem ou venham a ter, como acontece agora no desgoverno ultraliberal e de extrema direita de Jair Bolsonaro.

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Menos Mourão. O melhor a fazer é ficar quieto e ver o circo de incompetência, iniquidade, covardia, omissão, irresponsabilidade e violência pegar fogo. Os militares colocaram suas cabeças a prêmio, e mais uma vez sairão pelas portas dos fundos, pois por pura ganância, ambição e vocação elitista passarão para a história como protagonistas do pior governo da história do Brasil. Mourão banca o "civilizado" e o "moderado", mas seu governo é bárbaro, golpista, entreguista e incompetente. É isso aí.

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