Moro não é ministro, é apenas o advogado da ultradireita
"Moro, o ex-juiz que também hoje posou junto a uma homenagem com sua imagem feita de balas de revólver, é o advogado perfeito da ultradireita brasileira. Graças a ele, gente como Aécio Neves e a família Bolsonaro se julga acima da lei", diz o deputado Rogério Correia (PT-MG)
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O extremismo brasileiro de direita está muito bem servido de advogado. Sergio Moro já foi juiz, capa de revista, bajulado pelas associações patronais de todo o país, posou de herói de araque contra a corrupção...
Mas nunca caiu tão bem quanto na função que ocupa atualmente: a de defensor de todas as práticas, lícitas ou não, cometidas pelos quadros da ultradireita nacional. Agora sabemos que ele defendeu, junto aos ministros do TSE, a também ex-juíza Selma Arruda, que teve seu mandato cassado ontem pelos magistrados do tribunal eleitoral.
Selma era conhecida como a “Moro de Saias”, apelido que, convenhamos, parece ser muito correto. Antes do julgamento, Moro visitou integrantes da Corte para convencê-los de que Selma não deveria perder seu mandato. A senadora recebeu R$ 1,2 milhão em transferências e não declarou o valor à Justiça Eleitoral.
Talvez se tivesse comprado um pedalinho de latão de menos de R$ 5 mil, talvez aí Moro deixaria de defendê-la... Numa tacada só o ex-juiz de primeira instância do Paraná, aquele que cresceu porque se dispôs a prender Lula sem provas e, assim, levar Bolsonaro à presidência...
Numa tacada só o hoje ministro da “Justiça” de Jair Bolsonaro pode ter cometido crimes como advocacia administrativa e tráfico de influência; e, além disso, demonstrou mais uma vez (mais uma entre centenas de outras vezes) sua total falta de austeridade para o exercício do cargo que ocupa.
Moro, o ex-juiz que também hoje posou junto a uma homenagem com sua imagem feita de balas de revólver, é o advogado perfeito da ultradireita brasileira. Graças a ele, gente como Aécio Neves e a família Bolsonaro se julga acima da lei.
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