Moro encolhe e se junta aos bolsonaristas radicais

"Não sei se Sergio Moro algum dia dirá ter visto Jesus numa goiabeira, ou se elogiará o astrólogo terraplanista. Não precisa: ele é agora um bolsonarista de raiz, daqueles que devem dormir fazendo arminha com as mãos", diz o deputado federal Rogério Correia (PT-MG)

(Foto: REUTERS/Rafael Marchante)


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O que dizer de um ministro da Justiça (Justiça!) que aplaude manifestações de louvor a agressões ao Congresso e ao Supremo Tribunal, de elogios à “intervenção militar” e de ameaças à liberdade de imprensa? No mínimo, que este ministro está no lugar errado e sequer deveria ter sido nomeado. Mas é mais do que isso. 

Aplaudir os protofascistas tupiniquins é o que restou a Sergio Moro, o ex-juiz que promoveu a maior farsa jurídica da história brasileira. As manifestações de apoio à Lava Jato e a Moro, ocorridas neste domingo, guardaram duas características evidentes: foram menores que as anteriores que apoiavam Bolsonaro; e foram ainda mais agressivas no chamado combate às instituições criadas pela nova e frágil democracia brasileira.  

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Moro se transforma, assim e definitivamente, em mais um personagem folclórico, mas sobretudo protagonista, de um governo que a cada dia mantém distância crescente de qualquer resquício de inteligência. Há não mais que cinco meses, no início do ano, o ex-juiz era visto como uma ampliação do bolsonarismo. Aquele que poderia dialogar com segmentos, digamos, menos radicais e agressivos da base de apoio do governo nascente. Hoje, no exato sétimo mês de governo Bolsonaro, confunde-se com as Damares, os Ernestos e os Weintraubs que desenham a inoperância aliada à ignorância que marcam o bolsonarismo.  

Não sei se Sergio Moro algum dia dirá ter visto Jesus numa goiabeira, ou se elogiará o astrólogo terraplanista. Não precisa mais: sua manifestação sobre as manifestações deste domingo 30 de junho são igualmente farsescas e pergisosamente apelam ao populismo religioso. “Eu vejo, eu ouço”, disse o ministro da Justiça.  

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Não deveria surpreender. Moro é isso. Sempre foi. Desde Maringá. Ao menos agora não usa máscaras: é mais um bolsonarista de raiz. Um protofascista que aplaude protofascistas, daqueles que dormem fazendo sinal de arminha... O Brasil não merece tanta gente ignorante!

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