Moro é o fiat Elba do Bolsonaro
"Moro decretou o fim da aliança entre o bando miliciano chefiado por Bolsonaro e a facção criminosa chefiada por ele mesmo, Moro, como Gilmar Mendes denomina a Lava Jato", escreve o colunista Jeferson Miola
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Moro está para o fim de linha do Bolsonaro na presidência do Brasil, como o Fiat Elba esteve para o impeachment de Collor de Melo.
Em 1992, um desgastado e desesperado Fernando Collor de Melo lutava para evitar seu impeachment quando surgiu a prova de que um automóvel Fiat Elba de uso pessoal dele fora comprado com cheque de conta fantasma do PC Farias, tesoureiro de campanha e administrador dos esquemas corruptos do Collor.
No discurso de demissão do Ministério da Justiça, Sérgio Moro torpedeou Bolsonaro com denúncias mortais.
O ex-ministro acusou Bolsonaro de interferir politicamente na PF para poder acessar investigações e interferir em inquéritos, inclusive inquéritos que tramitam no STF.
Moro disse que em encontro com Bolsonaro ontem, indagou “Por que trocar e permitir que seja feita interferência política na PF?”.
E complementou que então “ele me disse mais de uma vez que queria alguém que ele pudesse ligar, pudesse obter informações, obter relatórios de inteligência seja do Diretor-Geral da PF, seja de superintendentes estaduais”.
Com o golpe de misericórdia em Bolsonaro, Moro decretou o fim da aliança entre o bando miliciano chefiado por Bolsonaro e a facção criminosa chefiada por ele mesmo, Moro, como Gilmar Mendes denomina a Lava Jato.
A situação de Bolsonaro, que estava isolado e desesperado, se tornou insustentável. Moro ofereceu ao Congresso e ao STF o Fiat Elba que poderá acelerar o fim do mandato do genocida na presidência do país. Bolsonaro tem razão: Moro é o coveiro, e não ele.
E, como efeito colateral da saída do ministério bolsonarista, Moro perdeu o foro privilegiado!
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